Senador Siqueira Campos (DEM-TO) em seu gabinete. Foto: Pedro França/Agência Senado (Pedro França/Agência Senado/Agência Senado)
Agência de notícias
Publicado em 5 de julho de 2023 às 07h34.
O ex-governador do Tocantins Siqueira Campos morreu na noite de terça-feira, 4, aos 94 anos, em um hospital de Palmas, em decorrência de um quadro de infecção generalizada.
O governo do Tocantins decretou luto oficial de sete dias e ponto facultativo nesta quarta-feira, 5. "Por meio de seu legado o Tocantins floresceu e prosperou, transformando-se em uma referência de crescimento e oportunidades para todos os seus habitantes", afirmou, em nota, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos).
A ex-senadora pelo Tocantins Kátia Abreu (PP) também lamentou a morte de Siqueira. "Estadista nato. Sabia para onde ir e como chegar. Tinha obstinação pelo trabalho e pelo cumprimento de suas metas. Contagiava seus liderados com seu espírito público", escreveu no Twitter.
Político veterano do cenário político, Siqueira nasceu no Crato (CE) e passou por outros Estados, chegando a trabalhar até como seringueiro, até se estabelecer em Colinas, município então pertencente a Goiás, onde iniciaria seu périplo pela criação do Tocantins.
Filiado à Arena, partido de sustentação da ditadura, Siqueira tornou-se vereador em Colinas em 1965. Ainda pela Arena, foi eleito deputado federal nas eleições de 1970 e permaneceria na Câmara por mais quatro mandatos, até 1988.
Foi, então, eleito o primeiro governador do Tocantins, que recentemente havia se emancipado de Goiás. Na Assembleia Nacional Constituinte, Siqueira foi um dos maiores incentivadores da criação do Estado. Voltou a ser eleito governador do Estado em 1994 e foi reeleito em 1998. Após décadas no PP - com uma passagem pelo extinto PDC - e de ter migrado para siglas como PFL e PL, Siqueira passou, por fim, para o PSDB, e concorreu mais uma vez a governador do Estado, em 2006, mas, desta vez, foi derrotado por Marcelo Miranda (MDB).
Siqueira elegeu-se governador pela última vez em 2010. Em 2018, pelo DEM (hoje União Brasil), tornou-se primeiro suplente do senador Eduardo Gomes (PL). Em julho de 2019, tomou posse como senador por breve período, sendo o congressista mais velho a assumir o cargo.