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Sindicatos saem às ruas em protestos com incidentes isolados

As manifestações tiveram mais força em São Paulo e em sua região metropolitana, onde ocorreram 35 passeatas, segundo fontes sindicais, e em Curitiba


	"Hoje é um dia no qual os trabalhadores saem às ruas para mostrar que estão insatisfeitos com a situação do país", disse à Agência Efe Pedro Delarué, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco)
 (Reprodução/Youtube)

"Hoje é um dia no qual os trabalhadores saem às ruas para mostrar que estão insatisfeitos com a situação do país", disse à Agência Efe Pedro Delarué, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) (Reprodução/Youtube)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 20h58.

São Paulo - Os sindicatos saíram nesta quinta-feira às ruas de todo o país para exigir melhoras trabalhistas no chamado Dia Nacional de Lutas, que teve um acompanhamento popular muito menor que os protestos sociais do último mês de junho.

As manifestações tiveram mais força em São Paulo e em sua região metropolitana, onde ocorreram 35 passeatas, segundo fontes sindicais, e em Curitiba, duas das principais regiões manufatureiras do país.

Nos dois casos, as maiores concentrações reuniram cerca de 20 mil pessoas, nas cidades de São Bernardo do Campo e na capital paranaense, em sua maioria trabalhadores de indústrias pesadas, metalúrgicas e das montadoras de automóveis.

Nesses setores houve uma maior adesão à greve convocada por alguns sindicatos, entre eles a Força Sindical, que pediu que a greve fosse geral.

A mobilização paralisou as obras da refinaria Abreu e Lima, que a Petrobras constrói em Pernambuco, e da central hidrelétrica Teles Pires no Mato Grosso, segundo a Força Sindical.

"Hoje é um dia no qual os trabalhadores saem às ruas para mostrar que estão insatisfeitos com a situação do país", disse à Agência Efe Pedro Delarué, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).

O maior sindicato do país, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), não se uniu à convocação de greve, mas sim à jornada de lutas.

No Rio de Janeiro, a polícia dispersou com gás lacrimogêneo e balas de borracha um pequeno grupo de encapuzados que atacou os uniformizados com pedras e objetos incendiários, segundo constatou a Agência Efe.


Os distúrbios ocorreram quando estava terminando uma passeata pacífica que reuniu cerca de cinco mil trabalhadores no centro da cidade.

A principal reivindicação dos sindicatos é a redução da jornada de trabalho a 40 horas semanais, que atualmente se estende a 44 horas, além de outras exigências para reduzir a precariedade laboral, aumentar as pensões e outros subsídios aos trabalhadores.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse em comunicado que estas reivindicações são "legítimas", mas ressaltou que para reduzir a jornada de trabalho será necessário um amplo debate e um "grande acordo" nacional.

"A negociação é fundamental. O país está vivendo um momento único. É um país que cria postos de trabalho, mas isso não é tudo. Ainda temos que progredir muito", declarou Dias.

Ao longo do dia, os piquetes interromperam as operações em vários polos industriais e refinarias e obstaculizaram as vias de acesso a 11 portos, inclusive o de Santos, o maior do país.

Também foram registrados bloqueios de várias horas em 22 estradas de seis estados, segundo os sindicatos.

Em várias cidades, entre elas Belo Horizonte e Porto Alegre, os serviços de metrô e de ônibus estiveram paralisados durante grande parte do dia.

Em sintonia com o Dia de Luta, um grupo do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocupou as instalações da sede do Incra, organismo encarregado da reforma agrária.

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