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Simone Tebet critica possível recondução de Augusto Aras como PGR

Segundo a ministra, possível recondução seria um "desastre"

Tebet: "Eu ficaria extremamente decepcionada" (EDU ANDRADE/Ascom/MPO/Flickr)

Tebet: "Eu ficaria extremamente decepcionada" (EDU ANDRADE/Ascom/MPO/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 27 de julho de 2023 às 11h12.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que uma possível recondução do procurador-geral da República, Augusto Aras, ao cargo seria um "desastre", contrariando posicionamento de petistas que defendem a manutenção do atual PGR. O mandato de Aras se encerra em setembro e cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um nome para o posto.

O que disse Tebet sobre Aras?

"Decepcionante (a defesa de aliados ao PT pela recondução de Aras). E, se isso (a recondução) efetivamente acontecer, ao meu ver, seria um desastre. E eu ficaria extremamente decepcionada", disse em entrevista à jornalista Miriam Leitão na GloboNews nesta quarta-feira, 26.

"Fala alguém que votou, em um primeiro momento, na indicação de Aras, mas votou contra a recondução dele justamente por ver que ele estava fazendo o Ministério Público, que é um órgão de fiscalização e controle da máquina pública, uma gestão de subserviência e de aceno político ao presidente de plantão", disse.

Aras foi indicado ao cargo duas vezes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Na primeira, em 2019, Aras foi aprovado por 68 votos a 10 no Senado Federal; na segunda tentativa, o placar foi de 55 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção.

Como mostrou o Estadão, Aras tem virado alvo de críticas cada vez mais duras dos setores que não concordam com sua recondução ao cargo, principalmente por sua inércia diante de denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e na suposta omissão durante a pandemia de covid-19.

O procurador, entretanto, tem recebido apoio na sua campanha de recondução de membros dentro do PT como os de seus conterrâneos: o ex-governador da Bahia e ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

Na tentativa de se manter no cargo, Aras tem feito semanalmente em seu canal no YouTube, desde o início de junho, uma série de vídeos intitulada "Principais resultados da gestão de Augusto Aras à frente do MPF". A estratégia, entretanto, não tem obtido o resultado esperado ao conquistar a atenção do público, já que seus vídeos dificilmente passam de 100 visualizações.

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