Simone Tebet: candidata ficou em terceiro lugar no primeiro turno (Divulgação/Flickr)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 5 de outubro de 2022 às 16h10.
Última atualização em 5 de outubro de 2022 às 17h11.
A candidata a presidente Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar na disputa do primeiro turno, declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno. "Ainda que mantenha as críticas ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, depositarei nele o meu voto porque reconheço seu compromisso pela democracia e constituição, o que não reconheço no outro candidato", disse Tebet nesta quarta-feira, 5, em uma coletiva de imprensa. Era aguardada uma foto entre os dois, mas a imagem fica só para a quinta-feira, 6.
Segundo Tebet, seu apoio a Lula é um gesto em "amor ao Brasil". A ex-presidenciável também falou que até o dia 30 de outubro — data do segundo turno — ficará nas ruas em campanha. "Peço desculpas aos meus amigos que queriam uma neutralidade. O que está em jogo é muito maior do que a perda de capital político. Não anularei meu voto, não votei em branco, não me cabe a neutralidade a um povo que precisa ser reunido", afirmou.
Mais cedo, Lula e Tebet almoçaram na casa da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (Solidariedade) para acertar os detalhes do acordo. A senadora entregou ao ex-presidente cinco sugestões para o programa de governo do candidato petista, incluindo pontos como reformas administrativa e tributária, e um grupo de ministros mais plural e igualitário entre homens e mulheres.
A senadora pelo Mato Grosso do Sul recebeu quase 5 milhões de votos, 4,16% do total dos votos válidos. O apoio dela era muito esperado e decisivo para o segundo turno. Além de Tebet, também está ao lado de Lula o PDT, de Ciro Gomes, que declarou o apoio na terça-feira, 4.
O ex-governador do Ceará ficou em quarto lugar, com 3,5 milhões de votos válidos. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Ciro disse que acompanha a decisão do partido, mas não citou, em nenhum momento o nome do ex-presidente lula ou mesmo a palavra PT.
Na manhã desta quarta-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou voto em Lula "por uma história de luta pela democracia e inclusão social", disse em uma publicação em rede social. A postagem estava junto com fotos dos dois.
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No campo de apoios, o presidente Bolsonaro está em uma situação melhor porque conseguiu montar palanque nos três maiores colégios eleitorais do país, além dos governadores reeleitos do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, mesmo partido de Tebet - a legenda liberou o apoio.
O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), declarou apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) em nível nacional, e a Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo. "Meu apoio incondicional ao presidente e ao Tarcísio", disse Garcia em uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto ao lado dos dois candidatos, na terça-feira.
O apoio de Garcia engorda a lista de governadores que declararam apoio ao presidente Bolsonaro. Mais cedo, o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou que apoia o presidente. "Não que eu concorde totalmente com as pautas do governo federal, mas estarei — muito provavelmente devemos estar acertando isso em mais um ou dois dias — ao lado do presidente Bolsonaro", disse, afirmando que seu objetivo é evitar que "o desastre do passado se repita".
Também na terça-feira, o governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), oficializou o apoio a Bolsonaro. A declaração era praticamente protocolar, uma vez que os dois são do mesmo partido. "Eu, como sou do partido do presidente, sou apoiador do presidente, não tinha como não vir aqui e tentar, me esforçar muito para o Rio ser a capital da vitória da eleição do presidente Bolsonaro", disse.
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