Aécio Neves e Pimenta da Veiga participam de caminhada em Belo Horizonte (Igo Estrela/Coligação Muda Brasil/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2014 às 18h15.
Belo Horizonte - O deputado federal Alexandre Silveira (PSD), um dos coordenadores da campanha do candidato ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga (PSDB), disse neste sábado, 4, que a campanha do tucano, que está bem atrás de Fernando Pimentel (PT) nas pesquisas no Estado, foi prejudicada por dois fatores.
"Além da morte de Eduardo Campos (PSB) e a nomeação de Marina Silva (PSB) como cabeça de chapa, Pimenta enfrentou o mesmo sentimento de mudança que Aécio prega nacionalmente ante Dilma Rousseff (PT). Por mais que o nosso governo seja bem avaliado, o sentimento da mudança que fará Aécio presidente, foi criado em Minas pelo PT".
No início da campanha tucana, o deputado foi escolhido como coordenador da campanha de Pimenta. Entretanto, no final de agosto, o diretório estadual passou uma reestruturação.
Sob intervenção do comitê nacional do PSDB, a coordenação da campanha de Pimenta passou das mãos de Silveira para o ex-secretário estadual de Governo Danilo de Castro, principal articulador político de Aécio no Executivo mineiro.
Andrea Neves, irmã do senador e encarregada da comunicação da campanha nacional, assumiu também a comunicação em Minas para tentar desconstruir a imagem positiva de Pimentel ante os mineiros.
Questionado sobre o motivo de Pimenta não conseguir reagir junto com o comportamento de Aécio, Silveira disse que a agenda intensa de Aécio no Estado e a consistência do Senador na região impulsionarão uma reação de Pimenta e levarão o pleito ao segundo turno.
"O Pimenta nessa reta final vai acompanhar Aécio, vai ter recuperação muito substancial. (...) Os mineiros vão refluir e vamos ajudar a ganhar essa eleição - até como conversadores que nossos mineiros são - para que sejam bem mais discutidos os dois projetos que estão colocados. Os mineiros não vão perder a oportunidade, agora que Aécio está garantido no segundo turno, de ter um governo completamente alinhado, com sinergias com o federal", ressaltou.
Para ele, toda campanha tem seus problemas durante o pleito. "O que for possível fazer foi feito e nós tivemos duas campanhas durante o processo eleitoral: antes da morte de Campos e outra depois", disse.
Silveira também citou que pesquisas divulgadas no começo da disputa "prejudicaram" a campanha de Pimenta.
"Foram duas pesquisas do Ibope que não tinham nenhuma sinergia com nenhuma pesquisa nossa e nem do Datafolha. O Datafolha sempre teve coerência com as nossas pesquisas internas. Só na reta final, Ibope se aliou. Até para os institutos não ficarem desmoralizados", declarou.
Silveira estava na Praça do Papa, em Mangabeiras, onde foi feita uma mobilização, organizada pela esposa de Pimenta da Veiga, Anna Paola.
Havia uma expectativa de que Aécio apareceria no local, após fazer a maratona de caminhadas por quatro cidades da região metropolitana de Belo Horizonte.
Um pouco antes, Pimenta conversou rapidamente com jornalistas. "Pesquisa boa é no dia da eleição. Estou achando tudo ótimo, não tem frustração de estar em segundo nas pesquisas. Por onde a gente anda é clima de vitória, portanto não tem como deixar de acreditar que vamos ganhar a eleição", disse.
Hoje, na caminhada em Santa Luzia, o tucano foi atingido por um tomate jogado por alguém da multidão. Ele estava em cima de um carro aberto junto com Aécio e Anastasia.