Bolsonaro e Haddad: Ontem (26) os dois candidatos trocaram acusações e intensificaram as críticas mútuas (Ricardo Moraes/Amanda Perobelli/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de outubro de 2018 às 17h52.
Brasília - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou há pouco que foi decretado o sigilo no inquérito instaurado pela Polícia Federal para investigar o disparo de mensagens pelo WhatsApp referentes aos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O inquérito foi instaurado ontem, atendendo ao pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para apurar eventual utilização de um esquema profissional por parte das campanhas, para propagar notícias falsas.
Jungmann também deu um alerta a quem propaga as chamadas fake news. "Não há anonimato na internet. A Polícia Federal tem tecnologia, recursos humanos e capacidade para chegar até eles (a quem propaga notícia falsa) no Brasil ou no mundo", disse o ministro que participa neste domingo de entrevista coletiva na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Sobre os crimes eleitorais cometidos no pleito deste ano, Jungmann fez um balanço e informou que, até o momento, foram registrados 2.265 crimes eleitorais, sendo o principal o de boca de urna. Ele enfatizou ainda que, em se tratando de crime eleitoral, só quem determina abertura de investigação é a Justiça Eleitoral. "Cabe à Polícia Federal a apuração de crimes eleitorais, sempre dependendo de requisição da justiça eleitoral", disse.
O ministro informou ainda que nesta segunda-feira, 22, serão reabertos os trabalhos do Centro Integrado de Comando e Controle voltado para a ordem e segurança pública das eleições. Além disso, na terça-feira, a Polícia Federal irá abrir os trabalhos de um centro integrado voltado para investigações durante as eleições.