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Setor elétrico corre para finalizar obras para Mundial

Alguns empreendimentos só deverão ficar prontos em maio, às vésperas da competição


	Torre de energia elétrica: demora ocorre apesar de algumas concessionárias terem reduzido a lista de empreendimentos considerados essenciais
 (Matt Cardy/Getty Images)

Torre de energia elétrica: demora ocorre apesar de algumas concessionárias terem reduzido a lista de empreendimentos considerados essenciais (Matt Cardy/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 16h54.

São Paulo - A pouco mais de um mês para o início da Copa do Mundo no Brasil, distribuidoras de energia elétrica ainda correm para finalizar obras necessárias ao atendimento público durante o evento, sendo que alguns empreendimentos só deverão ficar prontos em maio, às vésperas da competição.

A demora para concluir todas as obras ocorre apesar de algumas concessionárias terem reduzido a lista de empreendimentos considerados essenciais para a realização do evento, e a expectativa é que tudo deva estar concluído em maio, conforme apuração da Reuters com as distribuidoras de energia.

Embora a maioria dos projetos esteja pronta e empresas afirmem que o atendimento está garantido, em alguns Estados, obras relacionadas ao fornecimento de energia para os estádios que abrigarão partidas da Copa ainda não foram totalmente concluídas. Algumas dessas obras já eram apontadas por atrasos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em relatório emitido em fevereiro.

A Aneel deve divulgar em breve uma nota técnica atualizada com informações sobre as obras. A Reuters entrou em contato com as distribuidoras de energia, separadamente, para verificar o avanço dos trabalhos informado à Aneel em 10 de abril para a confecção do relatório atualizado a ser publicado.

A concessionária paranaense Copel era uma das apontadas em fevereiro como empresa que teria três obras diretamente relacionadas ao estádio de Curitiba não concluídas. Mas, segundo o superintendente de engenharia de expansão da distribuição da Copel, Fernando Gruppelli Jr., as obras relacionadas à Arena da Baixada estão concluídas desde dezembro, e a empresa já comunicou à Aneel que houve um erro no relatório de fevereiro.


Ele afirmou que a Copel tem 60 por cento das obras para a Copa concluídas ou em fase de conclusão, mas que tudo será terminado até maio. O primeiro jogo em Curitiba ocorre em 15 de junho.

Gruppelli explicou que algumas linhas de energia previstas para ficarem prontas dependem de entrada em operação de uma subestação de energia. "A subestação Santa Quitéria foi concedida em leilão. A data prevista no contrato de concessão é 10 de maio", disse ele.

A subestação Santa Quitéria é de responsabilidade da Caiuá Transmissora, empresa formada por Elecnor e Copel Geração e Transmissão. A Caiuá confirmou que a obra estará pronta até 10 de maio, conforme previsto no contrato de concessão.

Uma outra obra importante para a Copa é a Subestação Menino Deus, em Porto Alegre, considerada uma das principais fontes de alimentação do Estádio Beira Rio, e cuja construção está a cargo da distribuidora gaúcha CEEE-D. O presidente do Grupo CEEE, Gerson Carrion, garantiu que a obra fica pronta até o fim de abril.

A CEEE-D inicialmente considerava 22 obras como prioritárias para a Copa do Mundo. Porém, a companhia revisou os números e atualmente oito são consideradas vinculadas à Copa. Dessas oito, cinco foram concluídas e as outras três têm 80 por cento das obras executadas. "As outras (14) serão executadas ao longo de 2014 e primeiro trimestre de 2015", disse Carrion.

Manaus

Outra preocupação era com a obra para atendimento do estádio de Manaus e que envolve a subestação Seringal Mirim, de responsabilidade da Amazonas Energia. A empresa informou que essa obra será concluída totalmente até maio e que os dois alimentadores destinados à Arena da Amazônia estão concluídos.


A Aneel também aponta outras obras como importantes para aumentar a confiabilidade do atendimento da região de Manaus, embora não tenham sido incluídas no rol de empreendimentos necessários para a Copa. Essas obras, que podem ajudar a evitar apagões, envolvem as linhas de transmissão Mauá 3 - Jorge Teixeira, da Amazonas Energia, e Jorge Teixeira - Lechuga, da Eletronorte. Uma subestação, a Jorge Teixeira, também da Amazonas Energia, faz parte do conjunto.

A Amazonas Energia informou que sua linha e subestação serão concluídas até o fim de abril. Já a linha Jorge Teixeira-Lechuga, de 230 KV e a cargo da Eletronorte, empresa da Eletrobras, foi concluída em 14 de março, disse a empresa.

Na Bahia, a linha de transmissão Federação-Fonte Nova, ficará pronta em maio, disse a distribuidora Coelba. Segundo a empresa, essa linha de transmissão "não compromete o fornecimento de energia à Copa" e a finalização está dentro do cronograma estabelecido pela concessionária. No relatório da Aneel de fevereiro, no entanto, essa obra constava como uma das destinadas a atender o estádio da Copa em Salvador.

Em Minas Gerais, a Cemig informou que um alimentador que atende o Mineirão ainda não foi concluído mas que com 93 por cento de execução, ficará pronto em maio. Segundo a Cemig, para as obras que ainda não foram concluídas existem planos de contingência que asseguram o fornecimento de energia elétrica "com qualidade e segurança".

Outras empresas como a paulista Eletropaulo, a fluminense Light, a CEB de Brasília, afirmaram que estão com todas as obras ou a maior parte delas concluídas e que não haverá riscos ao fornecimento de energia durante as partidas Copa.

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