O presidente do Seprorj acredita que o governo Dilma Rousseff será capaz de gerar uma nova política industrial, mais voltada ao desenvolvimento da indústria nacional inovadora
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2010 às 12h13.
Rio de Janeiro - O ano de 2010 foi muito bom para o setor de tecnologia da informação e comunicação (TI) nacional, segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro (Seprorj), Benito Paret. “A gente estima que o crescimento tenha sido em torno de 10% este ano. O ano foi realmente muito positivo para as empresas”.</p>
Paret lembrou que o crescimento da área de TI tem sido sempre superior à evolução do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país. Como a expectativa este ano é de aumento do PIB acima de 7%, “10% de crescimento para o setor não é nada absurdo.”
O presidente do Seprorj acredita que o governo Dilma Rousseff será capaz de gerar uma nova política industrial, mais voltada ao desenvolvimento da indústria nacional inovadora. “A perspectiva para o próximo governo é a de criação de uma indústria nacional de peso. Esse é o nosso desejo.”
O setor de TI reivindica a reformulação da lei de informática, conhecida como lei do software, que dá incentivos fiscais para a indústria, suprimindo o pagamento do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), em troca de um investimento de 5% em pesquisa e desenvolvimento. Segundo Paret, na prática, a lei se refere mais a equipamentos do que a programas de computador.
“O software precisa ser mais beneficiado. E esses investimentos têm sido comprovados como intramuros, ou seja, as próprias empresas colocam o seu desenvolvimento em cima das suas necessidades, e não dos projetos estratégicos do país. Então, eu acho que a reformulação da lei de informática é algo fundamental”, afirmou Paret.
Outro pleito é a definição de uma política de formação de recursos humanos associada, eventualmente, a algum tipo de desoneração da folha de pagamento. Citou, como exemplo, a possibilidade de abatimento, na contribuição previdenciária, dos investimentos em formação e capacitação dos empregados das empresas.