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Sete pessoas morrem por falta de oxigênio em Coari, no Amazonas

Em nota, a prefeitura de Coari acusa o governo estadual de irresponsabilidade no tratamento com a situação de saúde no interior

Covid-19: segundo a prefeitura, o governo informou o envio de 40 cilindros na segunda-feira, mas o voo passou, pousando diretamente em Tefé e voltando a Coari apenas às 7h desta terça (Bruno Kelly/Reuters)

Covid-19: segundo a prefeitura, o governo informou o envio de 40 cilindros na segunda-feira, mas o voo passou, pousando diretamente em Tefé e voltando a Coari apenas às 7h desta terça (Bruno Kelly/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 18h10.

Sete pessoas internadas com covid-19 no hospital regional de Coari (AM), cidade a 362 quilômetros de Manaus morreram por falta de oxigênio desta terça-feira, informou a prefeitura, que responsabilizou o governo do Estado por não entregar a tempo cilindros que estariam destinados ao município.

Em nota, a prefeitura de Coari acusa o governo estadual de irresponsabilidade no tratamento com a situação de saúde no interior.

"Desde a semana passada, em torno de 200 cilindros do Hospital Regional de Coari estão retido pelo patrimônio da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas. A maioria aguardando abastecimento, enquanto outra parte foi distribuída para Unidades Básicas de Saúde da capital", informou a prefeitura em nota.

Segundo a prefeitura, o governo informou o envio de 40 cilindros na segunda-feira, mas o voo passou, pousando diretamente em Tefé e voltando a Coari apenas às 7h desta terça. O Hospital tinha oxigênio suficiente apenas até as 6h.

Apesar da distância não tão longa de Manaus, Coari só é acessível por avião ou em uma viagem de dois dias de barco.

O sistema de saúde do Amazonas entrou em colapso com um forte aumento de casos de Covid-19 e das internações causadas pela doença.

Em Manaus, o oxigênio nos hospitais acabou no dia 14. Seis dias antes o Ministério da Saúde foi avisado do risco da falta de oxigênio em Manaus e começou a preparar o envio de cilindros dois dias depois, mas a resposta foi lenta e em escala abaixo do necessário.

A situação na capital agora é considerada estável depois de uma mobilização nacional que incluiu a doação de 107 mil metros cúbicos de oxigênio pelo governo da Venezuela.

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