Nova Iguaçu: três menores de idade feridos por estilhaços de armas de fogo deram entrada em unidades hospitalares da região (Charles Souza/Prefeitura de Nova Iguaçu/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 15 de abril de 2017 às 13h03.
Sete ônibus foram incendiados na noite de sexta-feira (14) na Estrada de Madureira, próximo à comunidade Dom Bosco, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Os incêndios ocorreram após um confronto entre bandidos armados e policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque, que faziam uma operação na mesma área.
De acordo com informações do 20º Batalhão da Polícia Militar (Mesquita), três menores de idade feridos por estilhaços de armas de fogo deram entrada em unidades hospitalares da região.
Já o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o principal do município, informou hoje (15) que foram atendidos na emergência da unidade Carlos Gabriel Silva de Souza, de 18 anos, e uma menor, de um 1 ano e oito meses, vítimas de perfuração por arma de fogo.
Carlos Gabriel foi ferido no cotovelo esquerdo, submetido a uma cirurgia durante a madrugada, permanece internado e seu estado de saúde é estável.
A criança, uma menina, foi ferida no braço esquerdo, também passou por procedimento cirúrgico com a equipe de ortopedia e continua internada na pediatria da unidade.
Em nota divulgada neste sábado, a Polícia Militar informou que o Comando de Operações Especiais (COE) tem atuado no policiamento da Baixada Fluminense desde a semana passada, quando, no dia 10, dois policiais militares em serviço foram feridos por criminosos na mesma região onde ocorreu o confronto da noite passada.
Ainda segundo a PM, o patrulhamento do Batalhão de Mesquita e do COE está atuando neste sábado para impedir atos de vandalismo.
Também em nota à imprensa, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) repudiou os ataques a ônibus desta sexta-feira não só em Nova Iguaçu como também em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em Macaé, no norte do estado, e em Araruama, na Região dos Lagos, em um total de 10 ocorrências. Segundo a entidade, somente este ano 29 veículos foram destruídos por meio de ações criminosas.
"A reposição de cada ônibus incendiado pode demorar até seis meses, entre encomenda, montagem, entrega e licenciamento do veículo. Durante esse período, na capital, 70 mil passageiros (ônibus urbano) ou 210 mil passageiros (ônibus articulados) deixam de ser transportados em cada veículo", diz a nota da Fetranspor.
De acordo com o cálculo da entidade, em 2016, o custo de reposição da frota de 43 ônibus incendiados superou R$ 19 milhões.