Campina Grande, Paraíba (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de junho de 2017 às 16h44.
São Paulo - A Delegacia de Polícia Civil de Campina Grande, na Paraíba, confirmou a morte de sete adolescentes infratores que cumpriam medidas socioeducativas no Lar do Garoto Pe.
Otávio Santos, no distrito de Lagoa Seca, agreste paraibano. A maioria das vítimas morreu carbonizada. Há relatos, também, de esquartejamento.
Pelo menos 30 adolescentes conseguiram fugir. A unidade abrigava 212 internos, mas foi projetada para ressocializar 40.
O confronto entre grupos rivais teve início após após uma tentativa de fuga abortada por agentes de ressocialização. Era por volta das das 02h30 deste sábado, 3, quando os adolescentes saíram dos alojamentos e se amotinaram no pátio.
Percebidos pelos agentes, que impediram a fuga, os internos partiram para as alas rivais e deram início ao confronto. Colchões, roupas, lençóis e diversos outros objetos foram queimados.A maioria das vítimas, de acordo com relatos de policiais civis, morreu dentro dos alojamentos.
Dois internos que ficaram feridos na rebelião foram encaminhados para o Hospital de Trauma de Campina Grande, onde são avaliados. O estado de saúde das vítimas ainda não foi divulgado pela Polícia Civil.
Os adolescentes envolvidos na chacina estão sendo ouvido na Delegacia Seccional de Polícia Civil da Paraíba pela delegada Helen Maria. Os corpos das vítimas fatais foram recolhidos para o Instituto Médico Legal de Campina Grande, onde serão periciados.