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Sessão do Congresso é suspensa após tumulto

O presidente do Congresso Renan Calheiros suspendeu sessão que abordava a mudança na meta fiscal e ordenou o esvaziamento das galerias da Câmara, após tumulto


	O presidente do Senando, Renan Calheiros (PMDB-AL): os trabalhos ainda não foram retomados
 (José Cruz/Agência Brasil)

O presidente do Senando, Renan Calheiros (PMDB-AL): os trabalhos ainda não foram retomados (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 20h04.

Brasília - O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), suspendeu nesta terça-feira a sessão do Congresso que tinha na pauta a mudança na meta fiscal do governo e ordenou o esvaziamento das galerias do plenário da Câmara, que estava ocupada por manifestantes contrários à aprovação do projeto.

Ele decidiu pelo esvaziamento das galerias depois que a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que a senadora Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), que estava discursando, havia sido xingada de "vagabunda" pelos manifestantes.

Renan suspendeu a sessão às 19h53 por cinco minutos, mas ainda não retomou os trabalhos porque os manifestantes não foram retirados das galerias.

Deputados e senadores da oposição, que são contra a aprovação do projeto, subiram até o local e estão impedindo que os seguranças retirem os manifestantes.

Antes da votação dos projetos, há dois vetos presidenciais que trancam a pauta do Congresso. O governo enviou o projeto ao Legislativo há três semanas e vem tendo dificuldades para conseguir mobilizar os aliados para a aprovação rápida da matéria. Enquanto isso, a oposição tem resistido com manobras de obstrução no plenário e ingressado com ações judiciais no Supremo Tribunal Federal para impedir a tramitação da proposta.

O texto enviado pelo governo permite abater do cálculo da meta de superávit primário, que é a economia feita para pagamento de juros da dívida, a totalidade das desonerações tributárias feitas pelo governo e dos investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Na prática, o projeto desobriga o governo federal de realizar um superávit primário. Governistas argumentam que o projeto é necessário para garantir as desonerações e os investimentos em infraestrutura, já a oposição argumenta que o texto visa livrar a presidente Dilma Rousseff do crime de responsabilidade por descumprimento da meta.

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