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Servidores fazem ato em escadaria da Biblioteca Nacional

Os manifestantes interromperam três vezes, por alguns minutos, o trânsito da Avenida Rio Branco, uma das principais vias da região central da cidade

Servidores de órgãos vinculados ao Ministério da Cultura em protesto: eles reivindicavam melhores condições de trabalho e reformas dos prédios onde estão instalados os órgãos (Tomaz da Silva/ABr)

Servidores de órgãos vinculados ao Ministério da Cultura em protesto: eles reivindicavam melhores condições de trabalho e reformas dos prédios onde estão instalados os órgãos (Tomaz da Silva/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 18h26.

Rio de Janeiro – Servidores públicos do Ministério da Cultura, na capital fluminense, fizeram hoje (29) uma manifestação na escadaria da Biblioteca Nacional, na Cinelândia, no centro da cidade.

Com apitos e cartazes coloridos, eles reivindicavam melhores condições de trabalho e reformas dos prédios onde estão instalados os órgãos vinculados ao ministério no Rio.

Os manifestantes interromperam três vezes, por alguns minutos, o trânsito da Avenida Rio Branco, uma das principais vias da região central da cidade.

A data do ato foi escolhida para o dia de hoje, em assembleia no último dia 16, por coincidir com os 203 anos da Fundação Biblioteca Nacional, além de celebrar o Dia da Leitura.

Os servidores também informaram que o Museu de Hera, em Vassouras, região metropolitana do Rio, está sem luz e sem água. Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, o Museu de Arte Religiosa e Tradicional também está sem energia.

Os manifestantes denunciaram ainda que na Biblioteca Nacional (FBN) o ar-condicionado não funciona há mais de um ano, prejudicando a climatização dos acervos e causando desconforto a pesquisadores e visitantes.

Segundo eles, a sensação térmica no interior do prédio tem dias que chega 50 graus Celsius (°C). Situado em prédio vizinho à biblioteca, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) apresenta goteiras e restos de obras em sua cúpula.

Para museólogo Andre Andion Angulo, presidente da Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), faltam funcionários em diversos setores.

"Hoje em dia temos um quadro de servidores muito reduzido. A desistência de concursados, devido a baixos salários, e as péssimas condições nos estabelecimentos de trabalho causaram uma evasão de 53% dos funcionários. Além disso, até 2017, cerca de 35% dos servidores estarão aposentados, ou seja, uma extinção do servidor de cultura", disse.

"Desde 2005 foram negociados três acordos de plano de carreira para os servidores da cultura federal, mas até hoje nenhum deles foi cumprido. Queremos, com esse ato, chamar a atenção do governo federal e tentar reabrir o diálogo com o Ministério da Cultura", explicou Angulo.

De acordo com a Associação dos Servidores do Ibram (Asbram), o próximo ato da categoria será uma paralisação de 48 horas, prevista para o dia 20 de novembro.

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Cultura não respondeu às perguntas solicitadas até o fechamento desta matéria.

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