Renan Calheiros: o governo teme que uma eventual derrubada das propostas vetadas poderia causar um prejuízo de pelo menos R$ 127,8 bilhões aos cofres públicos até 2019 (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2015 às 17h00.
Brasília - Servidores do poder Judiciário formaram um "corredor polonês" para esperar a chegada do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Renan, que se reuniu há pouco com a presidente Dilma Rousseff, defendeu mais cedo ser a favor do adiamento da sessão do Congresso, prevista para as 19h que deve apreciar 32 vetos presidenciais.
O governo teme que uma eventual derrubada das propostas vetadas poderia causar um prejuízo de pelo menos R$ 127,8 bilhões aos cofres públicos até 2019. Um dos vetos a serem apreciados é o do reajuste do Judiciário.
Neste momento, cerca de 100 servidores do Judiciário formam filas em cada um dos lados da entrada do gabinete de Renan no Senado.
Eles aguardam a chegada de Renan para tentar garantir a realização da sessão do Congresso. O governo avalia que o veto ao reajuste de 59,5% dos servidores da categoria é o de maior risco de ser derrubado.
Do lado de fora do Senado, manifestantes realizam um intenso buzinaço que pode ser ouvido na porta do gabinete de Renan. A categoria quer a qualquer custo a votação do veto nesta noite.
O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), foi abordado há pouco pelos integrantes do movimento na chegada ao gabinete de Renan.
Os líderes partidários no Senado vão fazer daqui a pouco uma reunião para discutir a proposta de Renan de adiamento da sessão do Congresso.