Atendimento em unidades de saúde do Distrito Federal foi paralisado (Renato Araújo/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2011 às 15h25.
São Paulo - Os servidores da Saúde do Distrito Federal decidiram ontem em assembleia geral ampliar a greve da categoria. Segundo o sindicato dos servidores (SindSaúde), a decisão foi tomada após o governo do DF se recusar a receber uma comissão formada para negociar um acordo.
A radicalização do movimento vai implicar, principalmente, na paralisação de servidores lotados em emergências, lavanderias e Divisões de Documentação e Informática (DDIs), além dos trabalhadores que atuam em ambulatórios e centros de saúde, que já estão em greve desde 27 de junho.
Os servidores também decidiram, de forma unânime, pela expulsão do governador Agnelo Queiroz (PT) do quadro de filiados ao SindSaúde. "Já que não negocia, vai ter que nos derrotar na luta. O governador estava acostumado a ficar em cima do carro de som fazendo greve, mas depois que virou patrão, resolveu radicalizar com os servidores", afirmou o presidente do sindicato, Agamenon Torres.
O deputado distrital Márcio Michel Alves de Oliveira (PSL) tentou intermediar uma aproximação entre os representantes dos servidores e o governo. "Liguei para o governador e pedi para ser recebido. Ele incumbiu, para isso, Rafael Barbosa (secretário de Saúde), que se comprometeu a negociar com a categoria, caso a greve seja suspensa até 15 de julho, tempo suficiente para concluir as negociações", afirmou o deputado durante reunião do comando de greve, realizada na tarde de ontem.
A proposta apresentada pelo deputado será analisada pelos servidores em assembleia marcada para quinta-feira, em frente ao Palácio do Buriti. Caso não haja acordo, a radicalização da paralisação será deflagrada após essa assembleia, que decidirá como e quando o processo será iniciado.