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Serra pede reformulação da política econômica de Temer

Na sua página oficial do Facebook, o senador tucano resolveu atacar as políticas do governo Temer, o Banco Central e o Ministério da Fazenda

Serra também criticou a possibilidade de alta de impostos (José Cruz/Agência Brasil)

Serra também criticou a possibilidade de alta de impostos (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de junho de 2017 às 21h20.

Brasília - No dia que a equipe econômica anunciou a redução da meta de inflação na direção de padrões internacionais, o senador José Serra (PSDB-SP) resolveu atacar a política econômica do governo Michel Temer, o Banco Central e o Ministério da Fazenda.

Na sua página oficial do Facebook, o senador tucano pede uma reformulação "significativa" da política econômica.

"Não há saída fácil para o nó econômico e político em que nos embrenhamos, mas não tenho dúvidas de que ele passa por uma reformulação significativa da atual política econômica", afirmou pela rede social.

O senador tucano afirmou que a redução das metas de inflação anunciadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é positiva, mas desde que o BC mantenha um ritmo forte de queda dos juros. "Erradamente, no entanto, o BC está anunciando que vai fazer o contrário", disse.

Serra também criticou a possibilidade de alta de impostos. Na sua avaliação, o aumento de impostos só fará piorar a atividade econômica.

"Parece faltar na Fazenda maior conhecimento de política fiscal", alfinetou. Segundo ele, a principal causa do déficit é a queda da arrecadação associada à depressão econômica.

"O Ministério da Fazenda avisa que pode elevar tributos para aumentar a arrecadação e frear o crescimento do déficit primário. O déficit só diminuirá se a economia voltar a crescer e isso depende, em boa medida, da queda dos juros, que são os mais altos do mundo", disse o senador.

O ex-ministro das Relações Exteriores de Temer minimizou a queda da inflação ao afirmar que "nem tudo que reluz é ouro".

"A queda absoluta do índice de preços - sobretudo no caso de alimentos - representa uma notícia positiva. Contudo, é preciso ter claro que ela reflete a maior depressão econômica que já tivemos no pós-guerra - brutal contração da produção e do emprego - e da qual o país ainda não conseguiu se desvencilhar", atacou.

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