Brasil

Serra catarinense registrou -7,4ºC na madrugada desta terça

A temperatura, registrada no município de Bom Jardim da Serra, é a mais baixa do ano no país

Frio: a segunda temperatura mais baixa da madrugada foi registrada em São Joaquim, também na serra catarinense (Elenathewise/Thinkstock)

Frio: a segunda temperatura mais baixa da madrugada foi registrada em São Joaquim, também na serra catarinense (Elenathewise/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 18 de julho de 2017 às 14h19.

A massa de ar polar que atua sobre o Sul do país desde domingo (16) provocou, na última madrugada, a temperatura mais baixa do ano no país.

O frio mais intenso registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) foi de -7,4ºC na localidade de Morro da Igreja, no município de Bom Jardim da Serra, região serrana de Santa Catarina.

"É a [frente fria] mais intensa do ano e inclusive em relação a outros anos. Uma temperatura de -7,4ºC fazia tempo que não era registrada, embora o inverno passado tenha sido bastante rigoroso", disse o meteorologista Rogério Rezende, do 8º Distrito de Meteorologia do Inmet.

A segunda temperatura mais baixa da madrugada foi registrada em São Joaquim, também na serra catarinense (-4,8ºC). Nos outros estados da Região Sul, o Inmet registrou -4ºC em São José dos Ausentes, no nordeste do Rio Grande do Sul, e em Inácio Martins, no centro-sul do Paraná.

Rezende ressaltou que o instituto registra apenas as temperaturas dos locais onde tem estações: "No Rio Grande do Sul, por exemplo, temos cerca de 30 estações para cobrir quase 500 municípios. Mas eu diria que as temperaturas negativas atingiram pelo menos metade, ou seja, entre 200 e 300 municípios no estado".

Apesar de a nebulosidade ter diminuído durante a madrugada, o meteorologista reforçou a previsão de que o frio deve permanecer pelo menos até amanhã (19).

"A massa permanece, só que agora mais seca. Tem registro de bastante frio ainda para amanhã, mas já diminuindo a intensidade. E agora, com o sol tomando conta, teremos um aumento das temperaturas máximas à tarde", explicou Rezende.

Risco de geadas

A neve granular que caiu ontem em alguns municípios é um fenômeno que não deve se repetir durante a ação desta frente-fria, segundo o Inmet.

"Não há mais chance de neve porque ela acontece apenas quando temos frio e chuva juntos. Essa possibilidade não temos mais, agora somente de geadas", afirmou Rogério Rezende.

Geadas são formações de cristais de gelo nas superfícies e na vegetação, que acontecem principalmente durante a madrugada.

O risco de geadas nos próximos dias levou o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) a emitirem um alerta de risco para toda a região cafeeira do estado.

Os institutos também publicaram recomendações aos produtores rurais para minimizar as perdas causadas pela geada.

Para os plantios novos, com até seis meses de campo, a recomendação é enterrar as mudas. Viveiros devem ser protegidos com várias camadas de cobertura plástica ou aquecimento, com a opção de adotar as duas práticas simultaneamente.

Nos dois casos - lavouras novas e viveiros -, a proteção deve ser retirada logo que a massa de ar frio se afastar e cessar o risco imediato de geada.

Nas lavouras com idade entre seis meses e dois anos, a recomendação aos produtores é amontoar terra no tronco das plantas até o primeiro par de folhas. Essa proteção deve ser mantida até meados setembro e depois retirada com as mãos.

O Iapar e o Simepar ressaltaram, ainda, que os produtores devem se manter atentos aos boletins e às previsões meteorológicas.

Acompanhe tudo sobre:ClimaFrioSanta Catarina

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final