Barroso: Não tenho a pretensão de ter algo a ensinar. O que eu acho é que precisamos mudar para o sistema distrital misto com urgência" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de novembro de 2020 às 18h10.
Última atualização em 9 de novembro de 2020 às 16h20.
Um dia após o presidente Jair Bolsonaro defender a adoção do voto impresso, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ministro Luís Roberto Barroso, voltou a chamar a proposta de "retrocesso". "As urnas eletrônicas são confiáveis. O problema delas é o custo", declarou Barroso nesta sexta-feira, 6, durante o oitavo Fórum Liberdade e Democracia, em Vitória.
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Sem citar a fala de Bolsonaro, o ministro repetiu que a época de fraudes em apurações de votos foi superada no Brasil e reforçou sua posição favorável à adoção do voto distrital misto. O presidente do TSE já havia defendido as urnas eletrônicas — embora pondere sobre seu valor elevado — e a mudança do sistema eleitoral durante live promovida pelo Broadcast Político em 23 de outubro.
Para reduzir o gasto público com o sistema eleitoral, o TSE trabalha em torno de um projeto para possibilitar "eleições digitais", de acordo com Barroso. "De preferência, utilizando o dispositivo móvel de cada um. Estamos estudando."
Em meio à reta final da apuração de votos nos Estados Unidos, Barroso evitou comparar o sistema eleitoral brasileiro com o americano. "Não tenho a pretensão de ter algo a ensinar. O que eu acho é que precisamos mudar para o sistema distrital misto com urgência", afirmou, no evento.