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Sérgio Cabral se torna réu pela 23ª vez na Lava Jato

Cabral é acusado de corrupção passiva por ter recebido R$ 1 milhão do secretário e do sub-secretário da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária

Cabral: o ex-governador e mais 25 pessoas são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Pão Nosso (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

Cabral: o ex-governador e mais 25 pessoas são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Pão Nosso (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 20 de abril de 2018 às 14h13.

A juíza federal Caroline Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, tornou hoje (20) o ex-governador Sérgio Cabral réu pela 23ª vez, em desdobramento da Operação Lava Jato. Desta vez, o ex-governador e mais 25 pessoas são acusadas de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Pão Nosso – deflagrada no mês passado, que revelou ramificação da organização criminosa em contratos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Cabral responde por corrupção passiva por, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, ter aceitado promessa e recebido pelo menos R$ 1 milhão do então secretário da Seap, o coronel reformado da Polícia Militar César Rubens Monteiro de Carvalho, e do ex-subsecretário Marcos Vinicius Lips, que também viraram réus. Mesmo com diversas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o então secretário à época renovou o fornecimento de refeições para os presídios com a empresa Induspan, de propriedade de Carlos Felipe Paiva, outro denunciado no esquema.

Propina para Cabral

Um dos operadores financeiros de Sérgio Cabral revelou, em colaboração premiada, que parte da propina recebida na Seap era repassada ao ex-governador, mas sem a definição de percentual fixo como identificado em outras secretarias já investigadas. Segundo a denúncia, para receber a propina, Carvalho utilizava duas empresas das quais era sócio, a Intermundos Câmbio e Turismo e a Precisão Indústria e Comércio de Mármores. O sócio dele é Marcos Lips, apontado como responsável pela entrega de dinheiro em espécie ao núcleo central da organização criminosa que operava no estado do Rio de Janeiro na gestão do ex-governador Sérgio Cabral.

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