Presidente Michel Temer no Palácio do Planalto (Ueslei Marcelino/Reuters) (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2018 às 11h29.
Última atualização em 7 de maio de 2018 às 11h31.
São Paulo – Em entrevista exibida na madrugada desta segunda-feira (7) pelo canal SBT, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou que não acredita que o juiz aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa possa ter vantagem na corrida presidencial “por ser negro” ou “porque foi pobre”.
“Se me permite, eu não concordo com o fato de ele ser presidente porque é negro. Nem ser presidente porque foi pobre. Pobre eu também fui. Eu tive uma infância, parece que não, mas eu para ir à escola andava 6 km, para ir e para voltar. O Lula foi pobre. Não é esta razão que vai fazer com que fulano seja ou não seja presidente", disse.
Sobre a economia, o presidente apontou que o novo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, está empenhado em buscar uma redução dos preços da energia e da gasolina, e reconheceu que o crescimento do PIB neste ano deve ficar abaixo da previsão inicial de 3 por cento.
"Talvez não dê os 3 por cento, mas vai dar um aumento de 2,75, ou seja, aumentando de 1,1 para 2,75", disse Temer na entrevista.
A economia brasileira vem tropeçando neste início do ano, com diversos indicadores abaixo do esperado, o que tem levado boa parte dos analistas a piorar suas projeções de expansão para este ano.
Pesquisa Focus do Banco Central já captou esse movimento. Para este ano, agora as contas dos economistas consultados são de crescimento de 2,75 por cento do PIB, contra 3 por cento recentemente.
Sobre os preços da energia e da gasolina, que tiveram uma disparada nos últimos meses, Temer disse que o governo vai buscar reduzir as tarifas.
"O Moreira Franco, que assumiu agora o Ministério de Minas e Energia, está empenhado nessa tarefa. Eu não tenho, naturalmente, ainda os resultados, mas, evidentemente, se for possível reduzir os preços, nós o faremos", afirmou.
De acordo com relatório do ministério submetido a um processo de consulta pública, uma das propostas do governo para reduzir subsídios cujos custos são repassados às contas de luz é cortar descontos dados a clientes de baixa renda e pela redução gradual, até a extinção, de benefícios a empresas de água e saneamento e a consumidores rurais.