Alexandre Tombini, Joaquim Levy e Nelson Barbosa: a alcunha corre à boca pequena em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2015 às 21h36.
Brasília - O senador Walter Pinheiro (PT-BA) criticou nesta terça-feira, 17, a linguagem utilizada pela equipe econômica - formada pelos ministros Alexandre Tombini (Banco Central), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) - na defesa do ajuste fiscal.
Em audiência de Barbosa na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o petista recorreu à história infantil dos "Três Porquinhos" para pedir mais clareza no discurso dos três ministros.
"Se eu for conversar com essa minha neta, até minha netinha mais velha, Júlia, de dois anos e onze meses, se eu for contar a história dos Três Porquinhos a ela nessa formatação, eu diria, num linguajar tão difícil, vai ser muito difícil minha netinha entender", disse.
O senador iniciou sua fala dizendo que abordaria um "ponto que quero colocar para provocar o ministro". Pinheiro negou, depois da audiência, que tenha tido qualquer intenção de comparar os ministros aos personagens infantis.
Ele cobrou mais clareza na defesa do ajuste fiscal para a população. "Não dá para a gente vir de uma forma tão hermética e formal, tentando contar uma história do passado. Todos nós reconhecemos o esforço do governo, reconhecemos as políticas econômicas, e que é necessário inclusive, agora, partir para uma outra etapa", disse.
"É necessário contar essa história, enxergando a realidade de cada Estado, de cada momento", disse
Taxa Selic
Durante a audiência de Barbosa, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou os aumentos sucessivos na taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central para controlar a inflação. O senador petista disse que o momento não é adequado para elevar a Selic. "Me parece contrassenso total a gente continuar aumentando a taxa de juros, parece que não estamos percebendo a retração da atividade econômica", disse. O senador cobrou, ainda, a função de "animar a economia" por parte de Barbosa, após afirmar que o "problema fiscal ocorreu porque aceleramos desonerações e tivemos PIB negativo".
Texto atualizado às 21h32