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Senador Armando Monteiro pode ir para o MDIC

Candidato derrotado ao governo de Pernambuco, com o apoio do PT de Dilma, Monteiro é ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria


	Armando Monteiro: "Quem pode falar e confirmar alguma coisa é Palácio do Planalto e a presidente"
 (Pedro França/Agência Senado)

Armando Monteiro: "Quem pode falar e confirmar alguma coisa é Palácio do Planalto e a presidente" (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 15h47.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff convidou nesta sexta-feira, 21, pela manhã, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) para ocupar o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou com aliados de Monteiro em Pernambuco que ele aceitou o convite.

A confirmação sairá em breve pelo Palácio do Planalto.

Em entrevista ao Broadcast, Monteiro afirmou que não poderia confirmar se foi convidado para ocupar o cargo.

"Não posso lhe dizer (se fui convidado)", afirmou.

"Quem pode falar e confirmar alguma coisa é Palácio do Planalto e a presidente", completou.

Mas o senador do PTB fez questão de destacar sua trajetória ligada ao setor industrial.

Candidato derrotado ao governo de Pernambuco, com o apoio do PT de Dilma, Monteiro é ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria.

"Quero lembrar que a minha trajetória é muito ligada à indústria", disse.

Ele sublinhou que tem a interlocução com o setor industrial e promoveu uma série de ações para tentar melhorar o setor produtivo.

"Cota pessoal"

Sem entrar em detalhes, Monteiro disse que, durante a conversa com Dilma, discutiram sobre o momento por que passa a economia, a política e também sobre a reforma ministerial.

Ele afirmou que, se for confirmada a indicação, o Ministério do Desenvolvimento seria uma indicação da "cota pessoal" da presidente e não de cota partidária.

"Pelas características, o ministério não é ligado a partilhas políticas", frisou.

Desde a eclosão do escândalo do mensalão, a partir das declarações do presidente licenciado do partido, Roberto Jefferson em 2005, o PTB não integra o primeiro escalão dos governos petistas.

Na eleição deste ano, a legenda decidiu, de última hora, apoiar o candidato derrotado à Presidência, Aécio Neves (PSDB).

Mais cedo, o presidente em exercício do PTB e deputado federal eleito, Benito Gama (BA), e o líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO), afirmaram avalizar o nome de Monteiro para o ministério, embora tenham ressaltado que o Palácio não conversou com eles sobre a indicação.

"Acredito que ela vai nos chamar. É o mínimo que ela deve à bancada", disse Jovair.

Ao chamá-lo para conversar sobre o ministério, Dilma espera reaproximar o PTB e espera que os deputados da sigla ajudem o governo a derrotar o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), na eleição para a presidência da Casa.

O partido elegeu 25 deputados e terá três senadores a partir do ano que vem. próprio Armando disse que o partido tem seu "peso"

Questionado sobre se sua indicação poderia fazer resgatar a confiança da indústria, ele respondeu, cautelosamente: "Seria uma pretensão da minha parte dizer que a minha indicação, se isso for confirmado (a indicação). Eu estaria atribuindo um poder que não tenho."

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