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Senado reage a busca em apartamento de senadora

“Para fazer busca e apreensão em um apartamento de um seandor é só com autorização do STF" disse o senador Cássio Cunha Lima


	Cássio Cunha: “para fazer busca e apreensão em um apartamento de um seandor é só com autorização do STF" disse o senador
 (Pedro França/Agência Senado)

Cássio Cunha: “para fazer busca e apreensão em um apartamento de um seandor é só com autorização do STF" disse o senador (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2016 às 18h48.

A Advocacia-Geral do Senado estuda acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a legalidade do cumprimento de mandados de busca e apreensão em apartamentos funcionais de senadores que não tenham sido emitidos pela própria Suprema Corte.

A provocação será motivada pela Operação Custo Brasil que, hoje (23), prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann, e cumpriu um desses mandados no apartamento do casal em Brasília.

Embora o mandado de busca em questão deixe explícito que os policiais federais deveriam fazer apreensões apenas de bens pertencentes ao ex-ministro, resguardando tudo que tivesse a ver com a senadora, a advocacia analisa se os apartamentos funcionais são uma extensão das dependências do Senado e, portanto, a mera entrada em um deles deveria ser autorizada pelo STF e deve se posicionar sobre o assunto até amanhã (24).

Hoje, após a conclusão da reunião da Comissão Processante do Impeachment, o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB) concordou com esse entendimento.

“Para fazer busca e apreensão em um apartamento de um seandor é só com autorização do STF. Essa crítica, no meu entender, tem fundamento”, disse.

Apesar disso, o líder tucano disse que a operação de hoje “mostra que as instituições estão funcionando” e que esse é “um novelo que não para de sair linha”. “Quanto mais se investiga, mais coisas descobrem”.

Questionado sobre o que achou da decisão, o advogado da presidenta afastada Dilma Rousseff e ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, preferiu não emitir opinião.

“Eu não tenho condições de comentar essa decisão. Eu não vi a decisão, eu sei que existia um inquérito há muito tempo, não sei porque foi determinada a prisão preventiva. Eu tenho que tomar a devida cautela antes de emitir qualquer opinião”, disse.

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