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Na mira dos protestos, Renan dá seu parecer sobre atos

Na quarta, líderes de três partidos pediram, com a benção de Renan, urgência para votar o texto que desfigurou o pacote anticorrupção

Presidente do Senado, Renan Calheiros, durante sessão, dia 09/05/2016 (Adriano Machado / Reuters)

Presidente do Senado, Renan Calheiros, durante sessão, dia 09/05/2016 (Adriano Machado / Reuters)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 4 de dezembro de 2016 às 14h49.

Última atualização em 12 de dezembro de 2016 às 19h01.

São Paulo - Principal alvo dos protestos de hoje, o presidente do Senado, Renan Calheiros,  afirmou, em nota, que as manifestações que tomam as ruas de ao menos 10 estados pelo país são legítimas.

Segundo ele, da mesma forma em que votou proposta contra a corrupção em 2013, "Senado continua permeável e sensível às demandas sociais".

Na quarta-feira, líderes do PMDB, PTC e PSD protocolaram um requerimento, com a benção de Renan, para votar o texto que desfigurou o pacote anticorrupção em regime de urgência. O Senado rejeitou a proposta. 

A medida foi tomada horas depois que os procuradores da Lava Jato ameaçaram renunciar às investigações caso o trecho que versa sobre abuso de autoridade fosse sancionado pela Presidência.

Eles se referem à emenda apresentada pelo líder do PDT na Câmara, Weverton Rocha, ao projeto de lei com medidas contra a corrupção.

Segundo o texto, juízes e membros do Ministério Público podem responder por crimes de abuso de autoridade, caso atuem segundo motivação político-partidária ou concedam entrevistas sobre processos pendentes de julgamento.

Veja a íntegra da nota: 

"Presidência do Senado Federal

O presidente do Senado, Renan Calheiros, entende que as manifestações são legítimas e, dentro da ordem, devem ser respeitadas. Assim como fez em 2013, quando votou as 40 propostas contra a corrupção em menos de 20 dias, entre elas a que agrava o crime de corrupção e o caracteriza como hediondo, o Senado continua permeável e sensível às demandas sociais.
Assessoria de Imprensa
Presidência do Senado Federal"

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