Aplicativos: Ontem, representantes das três companhias fizeram um pronunciamento conjunto para mobilizar seus usuários
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2017 às 06h17.
Última atualização em 26 de setembro de 2017 às 07h20.
A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado deve votar hoje o Projeto de Lei 28/2017, que vem causando calafrios nas empresas de transporte particular por meio de aplicativos, como Uber, 99 e Cabify.
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Isso porque, na prática, ele pode inviabilizar o transporte por meio de carros particulares da forma que é feito hoje ao criar uma série de exigências que, na visão das companhias, não seriam compatíveis com o modelo de negócios atual.
De autoria do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), o projeto impõe uma série de regulamentações ao serviço. Entre as exigências, a que mais tem incomodado as empresas é a utilização de placas vermelhas, como as de táxis, assim como a necessidade de uma autorização específica do poder público municipal para a prestação do serviço.
O transporte, que as empresas defendem ser privado seria transformado em transporte público de passageiros, criando uma série de regulações que não existem hoje.
As empresas dizem não ser contra a regulamentação, mas afirmam que o projeto de Zarattini tem o objetivo de proibir o transporte privado ao tentar equiparar o modelo com o de táxis, trazendo para o mercado, inclusive, as ineficiências que fizeram com que os aplicativos conseguissem crescer tão rapidamente.
Elas defendem uma regulamentação nacional e a fiscalização a cargo dos municípios e dizem que a tramitação em regime de urgência prejudica o debate sobre o que seria melhor para a sociedade.
Zarattini, por sua vez, afirma que elas promovem “canibalismo” no mercado e “concorrência desleal” com os táxis.
Ontem, representantes das três companhias fizeram um pronunciamento conjunto para mobilizar os usuários das três plataformas a protestarem contra o projeto de lei. Desde o final de semana, eles têm enviado e-mails para cadastrados nas plataformas tentando informar sobre o teor do projeto.
Os três aplicativos ainda planejam uma ação publicitária que deve começar a ser veiculada a partir desta terça com intuito de mostrar o posicionamento das marcas diante do projeto de lei.