Brasil

Senado aprova projeto que regulamenta cotas nas federais

Novo sistema define que 50% do total de vagas serão destinados a estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escolas públicas

Estudante da UnB beneficiada pela política de cotas raciais: Senado aprovou projeto que separar metade das vagas das universidades para cotas (Renato Araujo/ABr)

Estudante da UnB beneficiada pela política de cotas raciais: Senado aprovou projeto que separar metade das vagas das universidades para cotas (Renato Araujo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 20h02.

Brasília - Os senadores aprovaram, na noite de hoje (7), projeto que regulamenta o sistema de cotas raciais e sociais nas universidades públicas federais em todo o país. Pela matéria, relatada pela senadora Ana Rita (PT-ES), metade das vagas nas universidades deve ser separada para cotas.

A reserva será dividida meio a meio. Metade das cotas, ou 25% do total de vagas, será destinada aos estudantes negros, pardos ou indígenas de acordo com a proporção dessas populações em cada estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A outra metade das cotas será destinada aos estudantes que tenham feito todo o segundo grau em escolas públicas e cujas famílias tenham renda per capita até um salário mínimo e meio. Para os defensores da proposta, esse modelo que combina cotas raciais e sociais é o mais amplo e uniformiza as políticas de reserva de vagas que existem nas diversas universidades federais.

O projeto de regulamentação da política de cotas é aprovado depois que o Supremo Tribunal Federal declarou ser constitucional esse tipo de ação afirmativa nas universidades. A aprovação da matéria foi em votação simbólica, pela maioria dos senadores presentes. O projeto já passou pela Câmara dos Deputados e segue agora para sanção presidencial.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCotasDados de BrasilEnsino públicoEnsino superiorFaculdades e universidadesIndígenasNegros

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022