Renan Calheiros: presidente do Senado anunciou que economizaria R$ 262 milhões com reforma administrativa na Casa. Somada, nos próximos dois anos, a economia seria de R$ 288 milhões. (REUTERS/Jamil Bittar)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2013 às 21h59.
Brasília - A Mesa Diretora do Senado anunciou nesta quarta-feira novas medidas administrativas que, segundo a Presidência da Casa, vão gerar uma economia de R$ 26 milhões aos cofres públicos. Os cortes vão atingir contratos da gráfica, da polícia do Senado, da Interlegis e do Prodasen.
O principal corte será na Interlegis, que deve ter a compra de novos equipamentos para armazenamento de dados e a distribuição de kits de informática às Câmaras Municipais canceladas, o que deverá gerar uma economia de R$ 7 milhões. Estão previstas, ainda, uma redução no contrato de mão de obra, e de 50% na tiragem de obras do Conselho Editorial. O contrato dos vigilantes, vinculados à Polícia do Senado, devem ser reduzidos em 32%. No Prodasen, a redução anunciada é na Central de Atendimento.
Segundo a Presidência, esse valor vai se somar aos R$ 262 milhões que o presidente Renan Calheiros anunciou que economizaria com reforma administrativa na Casa. Dessa forma, o Senado passará a economizar, nos próximos dois anos, R$ 288 milhões.
Embora tenha apresentado novas medidas, a Mesa Diretora não propôs mudanças adicionais nos gastos médicos, mesmo após o jornal O Estado de S. Paulo revelar uma explosão de gastos com assistência médica de senadores, funcionários, ex-parlamentares, familiares e dependentes. O Senado gastou R$ 115,2 milhões em 2012 com essas despesas, um aumento de 38% em relação ao ano anterior. Em 10 anos, o gasto consumiu mais de meio bilhão de reais.
Espécie de prefeito do Senado, Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disse que, por ora, em relação à assistência médica, a Casa vai apenas manter o ato que acabou com o serviço ambulatorial. A medida, que já havia sido anunciada no final de fevereiro por Renan, prevê uma economia de apenas R$ 6 milhões em dois anos. O orçamento de 2013 prevê um gasto de R$ 105,2 milhões. Para ele, é redundante a Casa pagar por um plano de saúde e ao mesmo tempo ter um serviço médico ambulatorial e de emergência - o último será mantido.