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Sem reforma da Previdência, Brasil vai ficar sem futuro, diz Maia

"Não votar a reforma é prejudicar os mais pobres, é prejudicar o trabalhador, já que vai aumentar o desemprego", completou o presidente da Câmara

Maia: o modelo de reforma proposto pelo governo tem enfrentado resistência no Congresso, inclusive na própria base do governo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Maia: o modelo de reforma proposto pelo governo tem enfrentado resistência no Congresso, inclusive na própria base do governo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de março de 2017 às 12h39.

São Paulo - A reforma da Previdência será votada entre o final de abril e início de maio, reiterou nesta segunda-feira, 20, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Para ele, o "Brasil ficará sem futuro", caso a reforma não seja implementada.

O modelo de reforma proposto pelo governo tem enfrentado resistência no Congresso, inclusive na própria base do governo. Na sexta-feira, 17, após o encerramento do novo prazo para a apresentação de emendas à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, praticamente três quartos das 164 sugestões de mudanças de artigos na reforma são de autoria de parlamentares do bloco governista - 120, contra 44 da oposição.

A oposição também tem resistido à proposta. No domingo, o PDT decidiu fechar questão contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo Michel Temer. A decisão foi tomada durante convenção nacional do partido.

"Temos apoio e vamos ganhar", disse o presidente da Câmara, antes de participar de encontro com o Conselho Diretivo do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) em São Paulo.

"Vamos aprovar a reforma e garantir o futuro dos brasileiros. Não votar a reforma da Previdência é prejudicar os mais pobres, é prejudicar o trabalhador, já que vai aumentar o desemprego. É prejudicar as famílias que estão endividadas, porque vai aumentar a taxa de juros e é prejudicar as futuras gerações, porque o Brasil vai ficar sem futuro."

Perguntado sobre a possibilidade de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar irregularidades relacionadas à Operação Carne Fraca, Rodrigo Maia afirmou que "não está sabendo".

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