Ao final da sessão, o presidente da CPMI admitiu o "esvaziamento total" da comissão mista (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 12h08.
Brasília - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS adiou nesta quarta-feira, 6, a apreciação de requerimentos que tratavam da convocação de autoridades como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e os ex-ministros Guido Mantega, Antonio Palocci e Geddel Vieira Lima. O motivo foi a falta de quórum.
Dos 68 membros designados para integrar a comissão, apareceram somente no plenário o presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), o relator, deputado Carlos Marum (PMDB-MS), os deputados petistas Wadih Damous (RJ) e Paulo Pimenta (RS), e o senador Paulo Rocha (PT-PA).
A próxima sessão está marcada para quarta-feira, 13, mas a expectativa é que os trabalhos sejam encaminhados para o encerramento.
Ao final da sessão, o presidente da CPMI admitiu o "esvaziamento total" da comissão mista. "Eu concordo que ficará manco esse relatório final da CPMI porque não conseguimos fechar o circuito que era realmente ouvir os políticos", afirmou Ataídes Oliveira.
Questionado sobre o porquê de ter colocado esses requerimentos para votação do colegiado somente agora, três meses depois do início dos trabalhos, Oliveira justificou que era preciso conhecer os fatos antes.
"Nós tínhamos que ouvir os irmãos Batista, os executivos da JBS, o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Ministério Público Federal. Não daria para chamar primeiro os políticos sem conhecer o que aconteceu, sem conhecer os fatos. Eu queria primeiro conhecer os fatos", afirmou.