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Sem chuva há 47 dias, capital paulista tem mês de julho quente e seco

De acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo, a última precipitação significativa na capital paulista foi no dia 10 de junho

SP: recorde de dias consecutivos sem chuva ocorreu entre 19 de julho e 18 de setembro de 2012 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

SP: recorde de dias consecutivos sem chuva ocorreu entre 19 de julho e 18 de setembro de 2012 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de julho de 2022 às 07h45.

Sem chuva há 47 dias, a cidade de São Paulo enfrenta um dos meses de julho mais secos de sua história, informou na quinta-feira, 28, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE). De acordo com dados do CGE, a última precipitação significativa na capital paulista foi no dia 10 de junho.

O mês de julho deste ano já se classifica como o quarto período mais seco da série histórica, que foi iniciada em 1995. O recorde de dias consecutivos sem chuva ocorreu entre 19 de julho e 18 de setembro de 2012. Foram 62 dias sem chuva.

O calor que vem fazendo neste mês na cidade de São Paulo também já pode ser considerado recorde. Desde 1984, este foi o mês de julho mais quente registrado na capital paulista, com média mensal de 25,9º C de temperatura máxima na série histórica. A informação foi divulgada terça-feira (26) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Até então, a temperatura mais alta para um mês de julho havia sido registrada em 1977, com média mensal de 25,3º C. Normalmente, a média máxima de temperatura para o mês gira em torno de 23º C.

Dados compilados pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) também mostram que não foram registradas chuvas na capital paulista neste mês de julho. Desde 1933, quando começaram a ser feitas as medições pelo IAG, nunca havia ocorrido um mês de julho totalmente sem chuvas. Esta foi a primeira vez, em 89 anos, que isso ocorreu. Até então, o pior mês de julho em precipitação havia sido registrado em 2008, quando, em apenas três dias, o acumulado ficou em 0,4 mm. Em 2016, houve apenas um dia de precipitação, mas o total acumulado foi maior, em torno de 7,4 mm.

Segundo o CGE, o cenário de calor e de falta de chuvas pode ser alterado a partir de amanhã (29). Uma nova frente fria com rápido deslocamento e acompanhada de uma massa de ar polar vai provocar chuva de baixo volume a partir desta sexta-feira, o que deve trazer queda na temperatura. Essa condição de tempo melhora a qualidade do ar em função da dispersão dos poluentes e ameniza o calor fora de época observado em pleno inverno.

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