O troféu da Copa do Mundo: disputarão a Copa do Mundo todas as seleções campeãs mundiais (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 13h46.
Madri - Mais de dois anos e meio depois de ter sido iniciado o longo caminho rumo à Copa do Mundo do Brasil, no estádio Ato Boldon, em Couva (Trinidad e Tobago), com uma vitória de Belize sobre Montserrat por 5 a 2, a Costa do Sauípe, na Bahia, sediará nesta sexta-feira a distribuição dos 32 sobreviventes que sonham com o troféu mais cobiçado do mundo.
A partir das 13h (locais, 14h de Brasília), em um cenário típico de férias dos sonhos, as seleções classificadas serão distribuídas em oito grupos. Depois disso, será possível ver o caminho que pode levar à final, marcada para 13 de julho de 2014, no Maracanã.
Terão início as frequentes apostas, as projeções, os comentários, mesmo faltando ainda mais de meio ano para a abertura da Copa, marcada para a Arena Corinthians, em São Paulo, onde dois trabalhadores morreram na última semana após a queda de um guindaste.
O torneio terá algumas ausências importantes. Um dos principais atletas da atualidade, o atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, caiu para Portugal na repescagem europeia e não estará no Brasil. A lista não é pequena. Passa por um dos melhores goleiros em atividade, o tcheco Petr Cech, conta ainda com o laterak austríaco David Alaba, campeão europeu pelo Bayern de Munique, o artilheiro polonês Robert Lewandowski, do Borussia Dortmund, e até o jogador mais caro da história do futebol, o meia galês Gareth Bale, que em agosto deste ano foi contratado pelo Real Madrid por 100 milhões de euros.
De qualquer forma, disputarão a Copa do Mundo quase todas as grandes figuras do momento, todas as seleções campeãs mundiais e as quatro que chegaram às semifinais há quatro anos, na África do Sul.
O Uruguai, primeiro campeão mundial, em 1930, e protagonista do Maracanazo, em 1950, foi o último a se garantir no Mundial ao bater a Jordânia na repescagem, com uma goleada por 5 a 0 em Amã e um empate sem gols em Montevidéu. Os outros vencedores, o anfitrião Brasil, a Alemanha, a Itália, a Argentina, a Inglaterra, a França e a Espanha, também brigarão por mais uma estrela na camisa.
Dona da casa, a seleção brasileira se dedicou, desde a eliminação para a Holanda, na última Copa, a disputar muitos amistosos, além de ter passado pelo fracasso da Copa América de 2011, a conquista da prata nos Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado, e do título da Copa das Confederações, em junho deste ano.
Entre os campeões, a que passou por maiores apuros foi a França, que esteve muito perto de ser eliminada pela Ucrânia na repescagem. Os "Bleus" perderam por 2 a 0 no jogo de ida, em Kiev, e precisaram vencer por 3 a 0 em Saint-Denis para não ficar de fora da festa.
Os outros vencedores de Mundiais confirmaram presença com mais autoridade, principalmente Argentina, com Lionel Messi como líder, e Itália e Alemanha. Dona de três vices, mas ainda sem um troféu, a Holanda também teve vida tranquila para se classificar.
Por sua vez, a Espanha, atual campeã, teve dois tropeços em casa, contra França e Finlândia, mas mesmo assim não sofreu tanto. Já a Inglaterra viveu altos e baixos, mas terminou as Eliminatórias como líder de seu grupo, um ponto à frente da Ucrânia.
Todas essas são candidatas ao título no ano que vem, mas as seleções europeias precisam quebrar um tabu se quiserem dar a volta olímpica. As cinco Copas disputadas na América até agora tiveram sul-americanos como vencedores.
Brasil e Argentina estão um passo à frente do Uruguai como grande esperança de mais um título para o continente. A equipe de Luiz Felipe Scolari já demonstrou isso na Copa das confederações, e a "Albiceleste" pode coroar Messi, a quem falta uma conquista pela seleção.
De todas as equipes que estiveram no último Mundial, o Paraguai, oitavo colocado, é o único entre os que chegaram às quartas de final que não participaram do torneio no ano que vem. Por outro lado, a Colômbia, segunda colocada nas Eliminatórias da Conmebol, voltará à Copa após 16 anos de ausência.
Eliminado nas oitavas de final nos últimos cinco Mundiais, o México é uma incógnita. A vaga foi obtida apenas na repescagem contra a Nova Zelândia, depois de três trocas de técnico e duras críticas da imprensa local. Antes desse turbilhão, porém, o país foi ouro no torneio de futebol dos Jogos de Londres, derrotando Neymar e companhia na decisão.
Junto ao Paraguai, não se classificaram para a Copa no Brasil depois de estarem no Mundial passado Eslováquia, Eslovênia, a então anfitriã África do Sul, Nova Zelândia, Sérvia, Dinamarca e Coreia do Norte, que foram substituídas por Colômbia, Rússia, Bélgica, Costa Rica, Croácia, Equador, Irã e Bósnia, única seleção estreante.
Apesar da eliminação da Nova Zelândia, a Oceania será representada pela Austrália, que disputou a classificatória asiática, pela qual também avançaram Irã, Coreia do Sul e Japão. Já a África repetirá os representantes de 2010 com Argélia, Camarões, Costa do Marfim, Gana e Nigéria.