O mercado de seguro de fiança locatícia é dominado pela Porto Seguro, que responde por 94% das vendas (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
O seguro de fiança locatícia, usado como garantia na locação de imóveis, movimentou R$ 106 milhões em prêmios nos primeiros oito meses do ano, recorde para o período e expansão de 4% na comparação com igual período de 2009. O volume já é maior que o movimentado em todo o ano de 2007, quando esse seguro girou R$ 97 milhões, segundo estudo elaborado pelo consultor Luiz Roberto Castiglione com base nos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Nos últimos dez anos, o mercado de seguro finança locatícia aumentou de tamanho em 28 vezes. Os prêmios passaram de R$ 6,2 milhões em 2000 para R$ 175 milhões em 2009, segundo Castiglione. A previsão para este ano é que o mercado movimente ao menos R$ 180 milhões.
Esse tipo de apólice vem ganhando espaço no mercado de aluguéis, principalmente na capital paulista, mas ainda perde de longe para o tradicional fiador. Na cidade de São Paulo, o seguro fiança está em segundo lugar e responde por 27% dos alugueis, ante 21% há 12 meses. O fiador tem 48%, segundo dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) citados no estudo do consultor. No interior, o seguro responde por 11,6% e no litoral do estado, por 15%.
O mercado de seguro de fiança locatícia é dominado pela Porto Seguro, que responde por 94% das vendas. A seguradora Mapfre também opera, mas com participação menor (6%).
A sinistralidade, que ocorre quando o locatário deixa de pagar aluguel e a seguradora tem que fazer o pagamento, vem caindo. Em 2000, era de 64%, baixando para a 48,5% em 2009 e em 30,6% este ano.
Na avaliação de Castiglione, esse seguro ainda é pouco usado nos aluguéis, principalmente nos residenciais. Para ele, a principal vantagem do produto é o fim da procura por fiador, especialmente quando o locatário vai morar em uma cidade onde não conhece ninguém. A apólice também dá ao inquilino a garantia de reparos emergenciais ao imóvel e, ao proprietário, a eliminação do risco de "fiadores profissionais", além de garantir o recebimento do aluguel durante todo o contrato de locação.
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