José Eduardo Cardozo: para ministro, eventos como vinda do papa Francisco, Copa do Mundo e Olimpíadas, além de garantir segurança pública, deixam legado à sociedade brasileira (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 18h34.
Brasília – A preocupação com a segurança pública para grandes eventos consumirá a maior parte dos investimentos do Ministério da Justiça neste ano. Devem ser aplicados, em 2013, cerca de R$ 707 milhões, quase o dobro previsto para o programa de combate ao crack, que tem orçamento de R$ 368 milhões.
O investimento total da pasta sem segurança pública deve alcançar R$ 4,2 bilhões neste ano. As informações foram divulgadas hoje (12) pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e fazem parte do primeiro Boletim de Segurança Pública.
De acordo com o ministro, eventos como a vinda do papa Francisco ao país, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, além de garantir a segurança pública deixam um legado para a sociedade brasileira.
“Um dos grandes problemas da segurança pública do estado brasileiro é a falta de integração das polícias e esses grandes eventos são a oportunidade para integrar essas polícias e termos o apoio das Forças Armadas”, disse.
Cardozo destacou que os valores investidos na área são ainda maiores considerando a nova gestão dos recursos da pasta. “Por questões de mudança metodológica na gestão do ministério, em vez de repassar recursos para os estados, nós passamos a fazer aquisições e passar os bens para os estados”, explicou.
O documento contém informações detalhadas sobre investimentos feitos pelo governo federal no período de 1995 a 2013. Os investimentos divulgados têm relação com programas como Crack, É Possível Vencer, Brasil Mais Seguro, Plano Nacional de Apoio ao Sistema Prisional e Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e Drogas (Sinesp).
Segundo a secretária executiva da pasta, Márcia Pelegrino, as quedas de investimento nas áreas de fronteiras e sistemas prisionais refletem o ciclo das políticas públicas.
“A queda é natural em decorrência do acréscimo acentuado em 2012 e 2013. É uma redução dentro do ciclo da política pública, que é esperada, não é algo que pode indicar que se investe menos. No ano passado, o investimento teve uma dimensão muito grande”, observou.