Crimes contra dentistas passaram a chamar a atenção em 2013, após dois casos de profissionais queimados vivos em seus consultórios (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2015 às 17h07.
São Paulo - Levantamento feito pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo revela que 27,9% dos dentistas que trabalham no estado já sofreram roubos ou furtos nos últimos cinco anos.
Segundo a pesquisa, que ouviu mil profissionais, 19,2% já sofreram algum furto e 8,7% foram roubados. Os dentistas vítimas de arrombamento somaram 18,4%.
A pesquisa indicou ainda a subnotificação dos crimes. Entre as vítimas de furto, 31% fizeram queixa à polícia.
O índice sobe para 57% entre os que passaram por arrombamentos e para 78% entre os que foram roubados. Segundo o levantamento, 43% dos entrevistados sentem-se inseguros em seus consultórios.
De acordo com o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, o objetivo da pesquisa é conhecer as medidas de segurança adotadas pelos profissionais para que a instituição possa orientá-los na prevenção de crimes contra a categoria.
“Hoje, pelo nosso levantamento, o uso de câmeras de vídeo e de alarmes são os recursos mais tradicionais, bem como as grades de proteção”, ressalta o presidente da entidade, Claudio Yukio Miyake.
Os crimes contra dentistas passaram a chamar a atenção em 2013, após dois casos em que profissionais foram queimados vivos em seus consultórios.
Em abril daquele ano, em São Bernardo do Campo, um grupo de ladrões ateou fogo ao corpo de Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 46 anos, após constatarem que havia apenas R$ 30 na conta da dentista.
Cerca de um mês depois, Alexandre Peçanha Gaddy também foi assassinado de maneira semelhante, em São José dos Campos, interior paulista.