Sala de cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo: o paciente encontrava-se em estado crítico devido a queimaduras de terceiro grau que atingiram mais de 50% do seu corpo (Heudes Regis /Veja São Paulo)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2013 às 10h17.
São Paulo - Morreu às 22h30 de ontem (3) o dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41 anos, que estava internado desde o último dia 27 após ter o corpo incendiado em um assalto em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. Esse foi o segundo caso com dentistas queimados vivos por criminosos em pouco mais de um mês em São Paulo.
Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, para onde ele foi transferido no dia 30 de maio, o paciente encontrava-se em estado crítico devido a queimaduras de terceiro grau que atingiram mais de 50% do seu corpo.
Alexandre foi atacado por duas pessoas encapuzadas, por volta das 21h do dia 27 de maio, na Rua Periquitos, no bairro Vila Tatetuba. A primeira vítima, Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 47 anos, morreu no dia 25 de abril, depois de ser atacada e queimada por criminosos que invadiram seu consultório em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Os ataques mobilizaram a categoria, que solicitou uma audiência com o secretário de Segurança Pública do estado, Fernando Grella Vieira. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) publicou nota em que manifestou indignação: “Essa tragédia reforça a necessidade de um profundo debate sobre a questão da segurança no estado de São Paulo e no Brasil. É, aliás, um retrato da falta de segurança que ronda o dia a dia dos profissionais de odontologia e dos cidadãos de São Paulo”, diz o comunicado.