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Secretário mostra surpresa com magnitude e duração da crise

Renato Villela explicou que a solução de questões estruturais fiscais do país está em tornar o Brasil totalmente capitalista


	Renato Villela: o secretário de Fazenda de SP explicou que a solução de questões estruturais fiscais do país está em tornar o Brasil totalmente capitalista
 (Guilherme Lara Campos/A2 Fotografia)

Renato Villela: o secretário de Fazenda de SP explicou que a solução de questões estruturais fiscais do país está em tornar o Brasil totalmente capitalista (Guilherme Lara Campos/A2 Fotografia)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 15h57.

São Paulo - O secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, Renato Villela, afirmou que a crise econômico-política atual não era algo que se esperava, ainda mais por sua magnitude e duração.

"E o setor público desorganizado afeta de maneira avassaladora quase toda a economia", ressaltou.

Para ele, a solução de questões estruturais fiscais do país está em tornar o Brasil totalmente capitalista, já que o setor privado é quem puxa a economia, quem tem recursos e quem "toma risco e paga pelos erros que comete e que cometem".

Instantes depois, contudo, Villela afirmou que privatizar estatais paulistas não é "opção nem decisão para o momento".

Villela também falou sobre carga tributária, disse que não haverá redução no Estado e pontuou ainda que carga tributária elevada "não é causa, é sintoma". "A causa é o gasto descontrolado", afirmou.

O secretário comentou ainda que foi bom para São Paulo ser tímido em relação à redução de alíquotas de impostos ou desonerações. "O custo é alto, mas o benefício é grande", disse.

Entretanto, ele admite revisitar a aplicação de substituição tributária em alguns setores paulistas. O secretário ainda informou que o Estado está "cauteloso" do ponto de vista financeiro.

Exportações

A autoridade afirmou estar acompanhando o tema "exportações" com muito cuidado, porque elas têm impacto no orçamento do Estado.

"O efeito na receita é devastador, porque aumenta receita de um setor que não paga imposto. Mas sabemos que ao mesmo tempo há efeitos benéficos de médio e longo prazo", disse.

Segundo ele, o impacto da desvalorização cambial começou a ajudar o setor no Estado somente em abril, e por isso a melhora causada por esse movimento ainda não foi percebida nas contas públicas estaduais.

O secretário participou hoje da reunião semanal do Conselho de Economia (COE) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na sede da entidade.

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