Estragos em protesto contra os gastos da Copa do Mundo após protesto em São Paulo, deste sábado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 20h47.
São Paulo - O secretário de Estado da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, afirmou nesta segunda-feira, 27, que o manifestante baleado por policiais militares no sábado, 25, portava na mochila material explosivo e defendeu que a PM "agiu em legítima defesa" na ocasião.
Grella disse que o inquérito policial em andamento no 4º Distrito Policial (Consolação) aponta que o estoquista Fabrício Proteus Chaves, de 22 anos, e um colega portavam duas bolsas contendo uma chave de grifo, estilete, bolinhas de gude, óculos de proteção, uma garrafa de vinagre, e "uma substância sólida com pavio que está sendo periciada".
A Secretaria de Segurança Pública divulgou fotos de objetos que estariam com jovem baleado em São Paulo. Chaves foi baleado no tórax e na região genital por PMs e está internado em estado grave na Santa Casa, no Centro de São Paulo.
Segundo amigos, ele não era adepto da tática black bloc e estava fugindo do tumulto quando foi abordado pelos policiais. O comandante-geral da PM, coronel Benedito Meira, disse que os disparos contra o jovem foram "legítimos".
Um vídeo mostra ação da PM durante protesto em São Paulo. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a PM abriu um inquérito para apurar as circunstâncias em que o manifestante foi baleado.
Imagens de uma câmera de segurança de um prédio na Rua Sabará mostram o momento em que Chaves caiu no chão, após conflito com três PMs. Os agentes disseram que ele portava um estilete e que teria tentado agredir um dos policiais, mas não é possível ver isso no vídeo.