Rio: Barbosa afirma que, se recursos não programados entrarem no caixa do estado, os pagamentos podem ser antecipados (Thinkstock/ CelsoDiniz/Thinkstock)
Agência Brasil
Publicado em 14 de novembro de 2016 às 13h39.
O secretário de Fazenda do estado do Rio de Janeiro, Gustavo Barbosa, tem reuniões marcadas hoje (14) com representantes de bancos em São Paulo para buscar recursos extras.
O estado passa por grave crise financeira que tem atrasado o pagamento de servidores ativos e inativos, que tiveram seus salários parcelados.
Até a última sexta-feira (11), apenas 62% da folha de pagamento do estado estavam quitados, o que corresponde a 240 mil servidores. Os demais funcionários e pensionistas devem receber em sete vezes a partir da próxima quarta-feira (16).
Já foram quitados os salários dos servidores ativos e inativos da área de segurança e dos ativos da educação.
O governo do Rio divulgou hoje (14) nota à imprensa com declarações do secretário ao jornal Bom Dia Rio, da TV Globo. Barbosa afirma que, se recursos não programados entrarem no caixa do estado, os pagamentos podem ser antecipados.
Na próxima quarta-feira (16), será debatido na Assembleia Legislativa o pacote do governo do estado para cortar gastos, adiar reajustes e aumentar a contribuição previdenciária de servidores para 30% por quatro quadrimestres.
Políticas como o aluguel social e o Renda Melhor também seriam extintas, e o Bilhete Único teria mudanças como um teto de R$ 150 e o aumento de R$ 6,50 para R$ 7,50.
As medidas e os atrasos de pagamentos geraram protestos de servidores, que ocuparam a Assembleia Legislativa na semana passada. Desde ontem, grades foram colocadas em volta do prédio, impedindo o acesso de manifestantes.
O secretário afirma que as medidas são necessárias para equilibrar o caixa a médio e longo prazo, e que o governo tenta "agir em uma situação de total caos financeiro".
Defensoria Pública, Ministério Público e Justiça já anunciaram que vão tomar medidas judiciais contra cortes como o do Renda Melhor, que atende a famílias com renda per capita inferior a R$ 100.