Polícia do Rio de Janeiro estima grande apreensão de drogas no Complexo do Alemão (AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2010 às 06h16.
Rio de Janeiro - Um balanço parcial divulgado no último domingo (28) pela assessoria da Secretaria de Segurança do Estado do Rio estimou em cerca de 40 toneladas a quantidade de drogas apreendidas no primeiro dia de ocupação do Complexo do Alemão, na zona norte da cidade.
Pelo menos 50 fuzis foram encontrados, sendo nove deles de calibre ponto 30, capazes de abater aeronaves ou até de perfurar carros blindado. Dez mil munições de vários calibres também foram apreendidas.
Do total de drogas localizadas, a Polícia Civil contabilizou 13 toneladas de maconha, 200 kg de cocaína e 10 kg de crack. O restante seria por conta das apreensões feitas pela Polícia Militar.
Durante todo o dia, grandes carregamentos de drogas foram localizados dentro de casas, escondidos nas lajes ou enterrados em quintais. Em uma única residência, a Polícia Civil encontrou 7 toneladas de maconha em tabletes, o suficiente para lotar um caminhão.
A ocupação do Complexo do Alemão começou por volta das 8h desse domingo, mas os cerca de 2.700 policiais envolvidos na operação encontraram menos resistência do que imaginavam. Tiros de fuzil e rajadas de metralhadora podiam ser ouvidos ao longe, mas a presença maciça das tropas amedrontou os traficantes, que preferiram fugir, se esconder ou se entregar em vez de partir para o confronto direto.
No início da noite, em entrevista, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse que a operação atingiu o coração do tráfico e que depois do Alemão, a polícia poderá ir às favelas da Rocinha e do Vidigal, ambas na zona sul.
“O Alemão era o coração do mal. É um local emblemático para todo o Rio de Janeiro, onde tínhamos a convergência de marginais, que lá se homiziavam [escondiam]. E se chegamos ao Alemão, nós vamos chegar na Rocinha, vamos chegar ao Vidigal.”
Beltrame afirmou que as operações no Complexo do Alemão não têm prazo para terminar e que o governo do Rio espera manter um efetivo fixo na região, que será pacificada com ocupação permanente das forças de segurança.