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Secretaria de Segurança é ocupada em protesto por morte de jovens

Manifestantes pedem fim do genocídio da população negra e da periferia e punição dos responsáveis pela morte dos cinco jovens

Violência: no dia 21 de outubro, cinco jovens da zona leste desaparecem e só foram encontrados recentemente (Thinckstock/Thinkstock)

Violência: no dia 21 de outubro, cinco jovens da zona leste desaparecem e só foram encontrados recentemente (Thinckstock/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de novembro de 2016 às 21h04.

Em protesto pela morte de cinco jovens da zona leste da capital paulista que iam para uma festa em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, integrantes de movimentos sociais ocuparam, por volta das 19h40 de hoje (10), o saguão da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

A intenção dos manifestantes é permanecer no local até que sejam recebidos pelo secretário Mágino Alves Barbosa Filho.

Acompanhado de policiais, o secretário desceu do gabinete, foi até o saguão onde estão os manifestantes e disse que iria negociar com uma comissão formada por quatro pessoas.

O protesto teve início por volta das 18h na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo São Francisco.

Depois de um ato no local, os manifestantes fizeram uma caminhada rápida até a sede da Secretaria de Segurança Pública paulista, segurando velas.

Eles pedem o fim do que consideram genocídio da população negra e da periferia e punição dos responsáveis pela morte dos cinco jovens.

"Ante os assassinatos corriqueiros e permanentes, desaparecimentos que se dão em dose homeopática e sistemática de nossos corpos negros nas periferias de SP e do Brasil, nos levantamos para exigir a responsabilização daqueles que exercem o poder e são diretamente responsáveis pelas ações policiais", dizem os movimentos, na convocação para o ato nas redes sociais.

O caso

Os cinco jovens estavam indo de carro encontrar umas garotas em uma festa em um sítio em Ribeirão Pires, no Grande ABC no dia 21 de outubro, quando desapareceram.

A última notícia que parentes tiveram deles foi uma mensagem de um dos jovens no celular dizendo ter sido parado em uma blitz policial.

Os corpos dos jovens foram encontrados somente no último domingo (6), em Mogi das Cruzes, já em estado avançado de decomposição.

Como há a suspeita de participação de policiais no desaparecimento dos jovens, a Corregedoria da Polícia está acompanhando o caso.

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