Vacinação contra a gripe H1N1 nos EUA (Win McNamee/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2016 às 21h13.
Rio - A Secretaria estadual e Saúde do Rio confirmou mais uma morte por H1N1 no Estado, a segunda este ano. Além desses dois casos, duas mulheres morreram com suspeita da gripe em cidades do Médio Paraíba, na segunda-feira, 4.
Desde o início do ano, o Rio teve outros três casos confirmados da doença. Em 2015, não houve registros da gripe. A secretaria não informou em quais cidades ocorreram as mortes confirmadas.
Em Valença, a secretaria de Saúde investiga a morte de Marcilene dos Santos Jardins, de 47 anos. No atestado de óbito, o termo H1N1 aparece seguido por um ponto de interrogação. Marcilene chegou ao Hospital Escola de Valença com tosse forte e dificuldades para respirar no domingo, 2.
"Ela chegou com problemas pulmonares. No dia 3, o médico solicitou exames de sangue e de swab (coleta de secreções da boca e da faringe) e iniciou o tratamento com Tamiflu. Infelizmente, ela faleceu no dia 4. As amostras foram encaminhadas para o Instituto Noel Nutels, no Rio, para determinar a causa da morte", afirmou a diretora de Vigilância em Saúde, Lana Chicarino Laureano.
O atestado de óbito também aponta que Marcilene sofria de asma e obesidade, o que a colocam no grupo de risco para H1N1. Uma das netas de Marcilene, uma menina de 7 anos, também está internada no Hospital Escola com suspeita de ter contraído a gripe. "O Médio Paraíba está em alerta e nós já pedimos a antecipação da vacinação. Nossa preocupação é a vacina chegar ao nosso município no fim do mês e não dar tempo de imunizar, principalmente os grupos prioritários, porque o vírus já estará espalhado". afirmou Lana.
Em Resende, morreu Zulmira Campos, de 47 anos, que ficou quatro dias internada no Hospital Municipal de Emergência. Ela chegou a tomar Tamiflu. Além dela, há outros dois pacientes internados com suspeita de H1N1.
Em nota, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Estado informou que a "Influenza sempre preocupa", mas ressaltou que atualmente a uma taxa de transmissão ainda é baixa no Rio de Janeiro. "O maior período de preocupação é a partir do final de maio e início de junho, quando temperaturas mais baixas começam a ser registradas. Obviamente, o surto em São Paulo preocupa por conta da proximidade e da contiguidade dos territórios e, por isso, a Subsecretaria mantém o monitoramento dos casos."