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Se reforma da Previdência não passar, haverá alta de impostos, diz Covas

O "futuro prefeito", como é chamado por Doria, disse que a Prefeitura deixará de investir em outras áreas se a reforma não passar

Bruno Covas: "A Prefeitura acha mais justo fazer a reforma da Previdência", disse o vice-prefeito (Ronaldo Gama/PSDB-SP/Divulgação)

Bruno Covas: "A Prefeitura acha mais justo fazer a reforma da Previdência", disse o vice-prefeito (Ronaldo Gama/PSDB-SP/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de março de 2018 às 15h33.

Última atualização em 28 de março de 2018 às 16h01.

Chamado de "prefeito" e "futuro prefeito" por João Doria (PSDB) e por secretários, o vice-prefeito e secretário da Casa Civil, Bruno Covas (PSDB), disse que, se a reforma da Previdência não passar, a Prefeitura deixará de investir em outras áreas e precisará aumentar impostos.

Segundo ele, 90% do IPTU arrecadado será destinado à previdência pública em 2018, valor que deverá ser de 100% no ano que vem. "Ou a gente faz a reforma da Previdência ou vai ter que aumentar os impostos na cidade de São Paulo. A Prefeitura acha mais justo fazer a reforma da Previdência", declarou Bruno.

Nesta quarta-feira, 28, Doria criticou a decisão da Câmara Municipal de Vereadores de adiar por 120 dias a votação do projeto de reforma da Previdência municipal.

"Estamos com a consciência tranquila de que cumprimos com a nossa obrigação: alertar o Legislativo sobre os riscos da falência da maior cidade brasileira", afirmou à jornalista durante agenda oficial.

"A gente acha mais justo fazer a reforma, se os vereadores entenderem de outra maneira, nós vamos ter fé em adequar as contas públicas de uma outra forma: ou reduzindo mais o recurso da educação, da saúde, do meio ambiente, da cultura, do esporte, da mobilidade, ou ampliando os impostos da cidade de São Paulo. A gente continua entendendo a reforma necessária e espera que a Câmara possa enfrentar esse desafio", acrescentou.

Segundo Doria, se a reforma não for aprovada, o Município terá um "rombo" orçamentário de R$ 5,8 bilhões, o que impactaria serviços municipais de áreas diversas.

"Cumprimos com o nosso dever. O Executivo cumpriu o seu papel, de mostrar a gravidade desse tema", disse. "Durmo com a consciência tranquila, resta saber se outros dormirão com a consciência tranquila também."

Histórico

Doria pretendia aprovar a reforma na Câmara até o dia 6 de abril, quando deixará a Prefeitura para concorrer ao governo do Estado de São Paulo. Uma comissão especial de estudos dentro do Legislativo deverá discutir uma nova proposta. O projeto previa aumentar a alíquota sobre o salário dos servidores de 11% para 14%. Para ser aprovado, precisava alcançar o mínimo de 28 votos - do total de 55 vereadores.

Após o anúncio, os professores municipais encerraram uma greve iniciada no dia 8. A paralisação pode, contudo, ser retomada caso o projeto volte para a pauta na Câmara.

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