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Se eleito, Alckmin quer zerar déficit primário em 18 meses

O ex-governador paulista disse que o Brasil precisa solucionar o problema fiscal para atrair investimentos e voltar a crescer de forma sustentável

Geraldo Alckmin: "Ajuste fiscal será a primeira medida e não tem como empurrar mais essa questão" (Paulo Whitaker/Reuters)

Geraldo Alckmin: "Ajuste fiscal será a primeira medida e não tem como empurrar mais essa questão" (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2018 às 20h34.

Rio de Janeiro - O próximo presidente terá sérios problemas para realizar investimentos públicos diante do elevado déficit fiscal e gastos altos e do teto que limita as despesas governamentais, disse nesta quinta-feira o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, que promete, se eleito, zerar o déficit primário em 18 meses.

Falando para empresários na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Fira), Alckmin disse que o Brasil precisa solucionar o problema fiscal para atrair investimentos e voltar a crescer de forma sustentável. O ex-governador paulista prometeu fazer um forte ajuste fiscal em seu eventual governo realizando corte de despesas sem elevar ainda mais os impostos.

"Ajuste fiscal será a primeira medida e não tem como empurrar mais essa questão... não haverá investimento se não resolver isso rápido, em menos de 18 meses.... sem aumentar imposto e resolver pela despesa. Zerar o déficit primário", disse o tucano em palestra.

O presidenciável disse que o futuro governante do país deve ser eleito com cerca de 55 milhões de votos, apoio suficiente para que o novo presidente encaminhe as reformas necessárias ainda nos seis primeiros meses de mandato. Entre as prioridades estão as reformas política, previdenciária e tributária.

Ao mesmo tempo que aponta para necessidade de reformas, o tucano prevê que o novo presidente terá que lidar com um Congresso fragmentado, onde nenhum partido deve ter mais de 10 por cento das cadeiras.

O tucano garantiu que, uma vez eleito, não vai privatizar o Banco do Brasil, e defendeu que o país precisa de mais bancos, concorrência e competição. Nessa mesma linha, o tucano pretende quebrar monopólios da Petrobras nos segmentos de transporte, logística e refino.

"Nós defendemos que a Petrobras continue como empresa de economia mista na prospecção e extração, e que a gente acabe com monopólios porque precisamos de competição do poço até o posto. Nem em Refino, logística, nem na área do gás", disse ele a jornalistas.

A última pesquisa Datafolha mostrou Alckmin com 7 por cento das intenções de voto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT).

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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