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SC deve aceitar Força Nacional para conter ataques

O governador do estado, Raimundo Colombo, voltou atrás e deve aceitar o auxílio oferecido pelo Ministério da Justiça


	Ônibus incendiado em Santa Catarina: de acordo com o último relatório da Polícia Militar, foi registrado mais um ataque no início da manhã de hoje (13) em Florianópolis
 (Marcelo Camargo/ABr)

Ônibus incendiado em Santa Catarina: de acordo com o último relatório da Polícia Militar, foi registrado mais um ataque no início da manhã de hoje (13) em Florianópolis (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 10h48.

Brasília - Na tentativa de conter a onda de ataques em Santa Catarina, o governador do estado, Raimundo Colombo, deve aceitar o auxílio da Força Nacional de Segurança.

Segundo informações da assessoria de imprensa do governo catarinense, Colombo está em “contato permanente” com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e detalhes da operação, como número de homens a serem enviados e formas de atuação das tropas, ainda serão definidos.

Na semana passada, o ministro colocou a Força Nacional à disposição do estado, além da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, mas o reforço foi descartado pelo governador que alegou, em nota, não ter recorrido às tropas federais por “questões técnicas”, ressaltando contar com "o efetivo necessário".

Para conter a violência, Raimundo Colombo havia decidido transferir pelo menos 20 presos de alta periculosidade para penitenciárias federais, aceitando outra oferta do Ministério da Justiça, segundo o qual há 300 vagas disponíveis para esse tipo de movimentação.

De acordo com o último relatório da Polícia Militar, foi registrado mais um ataque no início da manhã de hoje (13) em Florianópolis. Dois homens atearam fogo a um ônibus de uma empresa de turismo no momento em que saía da garagem.

Ninguém ficou ferido e nenhum suspeito foi detido. Com a ocorrência, o total de atentados chega a 96 em 30 municípios catarinenses.


A série de ataques violentos em Santa Catarina ocorre desde o dia 30 de janeiro. As autoridades trabalham com a hipótese de as ações estarem relacionadas a excessos cometidos por agentes penitenciários em uma operação pente-fino no Presídio de Joinville, no dia 18 de janeiro.

As imagens do circuito interno mostram agentes penitenciários utilizando spray de pimenta e disparando balas de borracha, mesmo com os presos sob controle.

Durante o feriado de carnaval, equipes do Departamento de Administração Prisional (Deap) fizeram operação simultânea nas unidades prisionais do estado para reforçar os procedimentos de segurança, acompanhar os horários de entrada e saída de visitas, de banho de sol e outras rotinas.

Segundo o diretor do Deap, Leandro Lima, a visita das equipes às unidades, que ocorre em vários feriados prolongados para garantir a segurança dos presos, da população e dos agentes penitenciários, desta vez contou com o dobro de agentes.

“Elas sempre acontecem em feriados, mas por causa da situação que o estado vive [em função da onda de violência] as visitas tiveram reforço de profissionais”, disse, acrescentando que a operação tem caráter preventivo.

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