Deputado Domingos Sávio: o tucano disse que Lulinha "é um dos homens mais ricos do Brasil" e que sua fortuna é "fruto da roubalheira que virou este país" (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2015 às 20h08.
São Paulo - O deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) usou a tribuna da Câmara para responder a uma interpelação feita por Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.
Lulinha, como é conhecido, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal contra o parlamentar para apurar prática de injúria, calúnia e difamação.
Em entrevista a um programa de rádio, o tucano disse que Lulinha "é um dos homens mais ricos do Brasil" e que sua fortuna é "fruto da roubalheira que virou este País".
Sávio disse que seu comentário na rádio foi baseado em "fartas notícias em veículos de circulação nacional e de discursos" no Congresso de que Lulinha fez grandes transações imobiliárias e viaja em um jato familiar.
Ele defendeu que o filho do ex-presidente petista deve dar transparência ao seu patrimônio e deve ser investigado "porque ninguém está acima da lei". "Assisti ao País inteiro indagar como Lulinha enriqueceu", afirmou, dizendo-se pronto a prestar esclarecimentos à Justiça sobre o caso.
Lulinha
Fábio Luís Lula da Silva afirma que as informações, além de ofensivas, são mentirosas. Ele alega que não é proprietário de nenhuma fazenda e não tem negócios relacionados à agricultura.
"Fábio também jamais se beneficiou de qualquer ato irregular ou ilegal e tampouco tornou-se um dos 'homens mais ricos do Brasil'", diz a nota divulgada pelo Instituto Lula, que pede uma retratação do deputado tucano.
Na interpelação criminal, Lulinha alega que "esses ataques à honra vêm ferindo sua reputação e prejudicando sua imagem". O documento cita ainda outras ações movidas pelo filho de Lula por comentários do mesmo tipo, como o de um usuário do Twitter que disse que ele era o dono de um frigorífico.
"A despeito das providências já adotadas, algumas pessoas insistem na prática dessas condutas que, em tese, tangenciam o ilícito penal", diz o documento.
"Pretende-se, no caso, tão somente que o deputado confirme, desminta ou esclareça a informação ofensiva que lhe fora atribuída", diz a interpelação.