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Saúde reduz em 12 mi previsão de vacinas para junho por atraso da Fiocruz

O secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, disse que a Fiocruz informou que reduzirá sua produção em 12 milhões de doses, após um atraso para receber insumos da China para o envase do imunizante

Vacina contra covid-19 (Ricardo Moraes/Reuters)

Vacina contra covid-19 (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de maio de 2021 às 13h30.

Última atualização em 26 de maio de 2021 às 13h45.

O Ministério da Saúde reduziu nesta quarta-feira para 41,9 milhões a previsão de doses de vacinas contra covid-19 a ser recebidas em junho, ante estimativa anterior de 54 milhões de doses, devido a um atraso na produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da vacina da AstraZeneca.

Em audiência de autoridades do ministério em comissão da Câmara dos Deputados, o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, disse que a Fiocruz informou que reduzirá sua produção em 12 milhões de doses, após um atraso para receber insumos da China para o envase do imunizante.

Segundo ele, a previsão atual do ministério para junho inclui 20,9 milhões de doses da vacina da AstraZeneca fornecidas pela Fiocruz; 12 milhões de doses da vacina da Pfizer; 5 milhões de doses da Coronavac, da Sinovac, envasadas pelo Instituto Butantan; e 4 milhões de doses da vacina da Pfizer a ser recebidas por meio do programa global Covax.

O secretário executivo disse que o ministério está tentando antecipar a chegada de dois lotes de insumos da vacina da AstraZeneca previstos originalmente para 20 de junho, o que poderia reverter a redução de doses provocada pelo atraso da Fiocruz, mas ainda não há garantias de envio por parte da China.

O Brasil vacinou até o momento 42,7 milhões de pessoas com a primeira dose, o equivalente a 20,3% da população, mas apenas metade recebeu as duas doses, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Tanto a Fiocruz quanto o Butantan foram forçados a interromper por alguns dias a produção das vacinas da AstraZeneca e Coronavac, respectivamente, pelo atraso no envio de insumos pela China. A produção foi retomada nesta semana, mas as entregas ao ministério irão demorar ainda algumas semanas.

"Há uma dificuldade com os insumos a nível mundial, isso não se verifica apenas no Brasil", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na audiência, acrescentando que o esforço "em busca de vacinas é diuturno".

Queiroga afirmou que o ministério também tenta antecipar a chegada das 38 milhões de doses contratadas da vacina da Janssen, da Johnson & Johnson, cuja previsão original é de 17 milhões no terceiro trimestre e 21 milhões no quarto.

O ministro também comentou conversas com os Estados Unidos em vista de incluir o Brasil entre os países destinatários de vacinas que serão doadas pelo governo americano, e reiterou que o Brasil não seria beneficiado por uma eventual licença compulsória para produção de vacinas.

"Se nós tivéssemos no Brasil condições de produzir vacinas com licenciamento compulsório seria excelente, mas nós não temos. Isso não resolveria a situação imediata", afirmou.

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