Crivella: no início de fevereiro, Crivella afirmou que o déficit nas contas da prefeitura chegava a R$ 3 bilhões (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 9 de março de 2017 às 15h56.
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse hoje (9) que nenhuma secretaria municipal será poupada do corte de R$ 700 milhões nas despesas da prefeitura.
Até mesmo as áreas de educação e saúde terão que contribuir para o ajuste das contas do Executivo municipal.
"Não há nada para celebrar sobre isso. Todos vão entrar no esforço. Claro que a educação e a saúde são as que menos vão contribuir, mas todas vão contribuir em alguma coisa", disse o prefeito, após a inauguração de uma mostra de grafites no Boulevard Olímpico, na zona portuária da capital fluminense.
No início de fevereiro, Crivella afirmou que o déficit nas contas da prefeitura chegava a R$ 3 bilhões. "As despesas deste ano estão previstas em R$ 29 bilhões e a arrecadação em R$ 26 bilhões, o que dá um rombo de R$ 3 bilhões", disse, na ocasião, atribuindo o déficit ao aumento do custeio da máquina pública e aos empréstimos contraídos pela gestão do ex-prefeito Eduardo Paes.
O projeto da artista francesa Françoise Shein, em parceria com sete artistas urbanos e alunos de seis escolas municipais da zona norte do Rio de Janeiro, foi inaugurado nesta manhã no Armazém da Utopia.
Para homenagear o bicentenário da Missão Artística Francesa, os painéis fazem uma releitura da obra do artista francês Jean-Baptiste Debret.
A secretária municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira, defendeu o grafite como manifestação legítima da arte urbana.
"Em um momento em que um grande debate se levanta no país acerca da conservação e da legitimidade do grafite como expressão artística, cabe-nos, como agentes da cultura, defendermos sua manutenção no plano simbólico", disse Nilcemar.
A obra coletiva faz parte da série de projetos do programa "Inscrever os Direitos Humanos em 1 e 1000 Escolas do Rio de Janeiro".
Segundo a diretora artística do projeto no Rio de Janeiro, Moema Quintanilha, os alunos e a comunidade escolar discutem direitos humanos ao produzir os azulejos pintados a mão que fazem parte da exposição.