Brasil

Saúde assina contrato de transferência de tecnologia da vacina da Fiocruz

Acordo permitirá produção 100% nacional do imunizante contra covid-19

AstraZeneca: a previsão é que as doses 100% nacionais comecem a ser entregues ao PNI (Plano Nacional de Imunização) a partir de outubro (Yves Herman/Reuters)

AstraZeneca: a previsão é que as doses 100% nacionais comecem a ser entregues ao PNI (Plano Nacional de Imunização) a partir de outubro (Yves Herman/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2021 às 17h41.

Última atualização em 1 de junho de 2021 às 18h31.

O Ministério da Saúde assinou nesta terça-feira, 1, em cerimônia em Brasília o contrato de transferência de tecnologia da AstraZeneca para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participaram do evento. 

Com o acordo, a Fiocruz terá acesso ao método de produção da vacina AstraZeneca e do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) - componente fundamental das vacinas e que trará autonomia na produção do imunizantes para o Brasil.

De acordo com informações da instituição, a produção do IFA em Bio-Manguinhos se iniciará em junho. Em detalhes, trata-se de uma produção complexa que incluirá uma série de etapas, como a produção inicial de dois lotes de pré-validação e três de validação, que passarão por testes de comparabilidade pela AstraZeneca, até alcançar a produção em larga escala.

Paralelamente, serão elaboradas as documentações necessárias para solicitar à Anvisa a alteração no registro da vacina, incluindo o novo local de fabricação do IFA, condição necessária para entrega do produto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A expectativa é que as primeiras doses 100% nacionais sejam entregues em outubro. As instalações terão a capacidade de produção de IFA para cerca de 15 milhões de doses da vacina por mês.

Segundo a Fiocruz, até julho estão garantidas aproximadamente 21 milhões de doses, feitas com insumo importado.

Para evitar a interrupção na produção da vacina contra covid-19 entre agosto e setembro, a Fiocruz tenta fechar um novo acordo com a AstraZeneca para o recebimento de lotes adicionais de IFA da China.

Segundo o Ministério da Saúde, há a contratação de um total de 662 milhões de doses de vacina, com cronograma de entregar até o fim de 2021, ou seja, um excedente de 118 milhões - levando em conta a vacinação de toda a população.

Os maiores volumes foram comprados da Fiocruz/AstraZeneca (210 milhões), da Pfizer/BioNTech (200 milhões), e do Instituto Butantan/Sinovac (130 milhões). Até o fim de maio, o governo federal já distribuiu quase 90 milhões de doses.

  • Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.
Acompanhe tudo sobre:AstraZenecaFiocruzJair BolsonaroMarcelo QueirogaMinistério da SaúdeUniversidade de Oxfordvacina contra coronavírus

Mais de Brasil

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil

Justiça Eleitoral condena Marçal por abuso de poder e o declara inelegível

Alexandre de Moraes determina suspensão do Rumble no Brasil

ViaMobilidade investirá R$ 1 bilhão nas linhas 8 e 9 para reduzir intervalos e reformar estações