Aedes aegypti: os estudos devem envolver áreas como controle do vetor, diagnóstico, prevenção e tratamento. (Jaime Saldarriaga / Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2016 às 13h34.
Brasília - O Ministério da Saúde anunciou hoje (23) o lançamento de edital no valor de R$ 20 milhões para pesquisas de combate ao Aedes aegypti e às doenças transmitidas pelo mosquito.
Os estudos devem envolver áreas como controle do vetor, diagnóstico, prevenção e tratamento.
Durante cerimônia no Palácio do Planalto, a pasta anunciou também o início de nova fase de testes com o mosquito infectado com a bactéria Wolbachia. A estratégia é capaz de impedir a transmissão da dengue pelo Aedes aegypti.
A previsão é que, na próxima semana, representantes da Fundação Bill Gates venham ao Brasil para definir os próximos passos da pesquisa.
Segundo o ministério, cidades como Rio de Janeiro e Niterói estão sendo estudadas como potenciais locais para a liberação do mosquito infectado com a bactéria.
Já foram feitos estudos pilotos na Ilha do Governador, na capital fluminense, e no bairro de Jurujuba, em Niterói. A ideia agora é que a pesquisa contemple toda a área territorial das cidades.
"Estamos desenvolvendo tecnologias modernas para combater o vetor", disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
"A que nos parece mais promissora é a contaminação do mosquito com a bactéria", completou, ao citar experiências fora do país e grande êxito em testes realizados no Brasil.
A previsão da pasta é investir um total de R$ 258 milhões em novas tecnologias nos próximos quatro anos.
Até o momento, o ministério já se comprometeu com cerca de R$ 130 milhões para o desenvolvimento de vacinas, soros e estudos científicos relacionados a doenças causadas pelo mosquito.
A expectativa do governo federal é disponibilizar R$ 649 milhões para investimentos em ações de combate ao mosquito e às doenças relacionadas; diagnóstico; controle vetorial; pesquisas sobre o vírus zika; vacinas; tratamentos; e inovação em gestão de serviços de saúde, saneamento e políticas públicas.
Além da saúde, o pacote envolve recursos de áreas como educação e ciência e tecnologia.