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Sartori e Tarso Genro traçam planos para o 2º turno

Ex-prefeito de Caxias do Sul teve 40,4% dos votos válidos, contra 32,57% do atual governador


	Dilma Rousseff e Tarso Genro votam em Porto Alegre
 (Reuters)

Dilma Rousseff e Tarso Genro votam em Porto Alegre (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2014 às 22h40.

Porto Alegre - Dois candidatos vão disputar o segundo turno ao governo do Rio Grande do Sul. Com 100% das urnas apuradas, o ex-prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), da coligação com o PSD, PPS, PSB, PHS, PTdoB, PSL e PSDC, teve 40,4% dos votos válidos.

Tarso Genro (PT), que concorre à reeleição na coligação formada com o PTC, PCdoB, PROS, PPL, PTB e PR, ficou com 32,57% dos votos.

Sartori foi recebido com festa por militantes na sede do diretório municipal do PMDB. Ele disse que a preocupação do partido era chegar ao segundo turno.

“A melhor pesquisa eleitoral era aquela que estava no coração do povo gaúcho. Fizemos uma campanha modesta, com muitos poucos recursos de infraestrutura. Não está nada ganho. Começa uma nova caminhada. Tenho convicção de que vamos ganhar o segundo turno e estou preparado para esse desafio”.

Segundo ele, a estratégia para o segundo turno “não é brigar com ninguém e sim manter uma campanha limpa e propositiva”.

“A população nos colocou no segundo turno. Sabemos das dificuldades que vêm pela frente. Não procuramos desconstruir nenhum partido. Não vamos atacar quem quer que seja. Precisamos agregar pessoas e entidades para que o Rio Grande do Sul volte a investir em educação, saúde e políticas sociais.”

Natural de Farroupilha, Sartori é formado em filosofia pela Universidade de Caxias do Sul. Em 1976, foi eleito vereador de Caxias do Sul. Em 1982, chegou à Assembleia Legislativa, para onde foi reeleito por quatro mandatos consecutivos.

Em 2002, conquistou uma vaga de deputado federal, mas, em 2004, foi eleito prefeito de Caxias do Sul e reeleito em 2010 para o mesmo cargo.

Tarso Genro reconheceu que Sartori teve uma votação surpreendente. Segundo ele, o adversário não participou do contencioso político que se deu no Rio Grande do Sul. “Minha candidatura tem sustentação política e base forte. Vai ser uma batalha política de alto nível”.

O petista informou que vai procurar prefeitos de todos os partidos e propor uma frente de defesa do Rio Grande do Sul. Segundo Tarso, o partido vai buscar o apoio do PDT do candidato Vieira da Cunha e do PP de Ana Amélia Lemos, candidatos derrotados ao governo.

Natural de São Borja, Tarso nasceu em 1947, formou-se em direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e é especialista em direito trabalhista. Foi deputado constituinte e depois deputado federal entre 1990 e 1992.

Vice-prefeito de Porto Alegre entre 1989 e 1992, governou a capital por duas gestões, entre 1993 e 1996 e entre 2001 e 2002. Também foi titular dos ministérios da Justiça, da Educação e da Articulação Política, todos durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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